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Economia

Busca do paulistano por crédito desacelera no mês de setembro

Maior interesse por crédito pode ser considerado um ajuste após forte queda no início do ano e não indica perspectiva de melhora efetiva, avalia FecomercioSP

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Busca do paulistano por crédito desacelera no mês de setembro

O Índice de Intenção de Financiamento atingiu 24,8 pontos em setembro, um aumento de 0,7% ante agosto, a menor elevação em quatro meses após ter crescido 11% em junho; 5% em julho; e 6% em agosto. Os dados integram a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE) divulgada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A trajetória de crescimento do indicador, observada nos últimos quatro meses, é resultado da busca do consumidor por crédito para complementar o orçamento familiar. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o índice caiu 6,4%.

O Índice de Segurança do Crédito, que mede a capacidade de o consumidor pagar as dívidas - a partir da posse de reservas financeiras - em casos de aperto do orçamento, caiu de 92,7 para 82,9 pontos (-10,6%), revertendo a alta de 10,7% registrada entre julho e agosto. A volatilidade do indicador indica, segundo economistas da Entidade, manutenção do clima de incertezas sem direcionamento em relação ao desempenho da economia no curto prazo.

A pesquisa também mostra que 41,4% dos entrevistados declararam possuir algum tipo de aplicação financeira, queda de 4,8 pontos porcentuais em relação a agosto. Entre os endividados, essa proporção caiu 5 pontos porcentuais, de 37,3% em agosto para 32,3% em setembro. Não ter um tipo de aplicação pode reduzir sua capacidade de quitar dívidas em casos de perda de renda.

A parcela de paulistanos com investimentos que utilizaram a poupança como tipo de aplicação subiu de 73,2% em agosto para 75,7% em setembro. O uso de renda fixa também aumentou, de 13,4% para 15,8%. Por outro lado, os poupadores em previdência privada caíram de 5,4% para 3,4%; e em ações, de 2,7% para 1,5%. Aplicadores em outras modalidades de investimento ficaram em 3,6% no mês.

De acordo com economistas da FecomercioSP, a melhora no interesse por financiamento é um ajuste após forte queda no início do ano. Após meses de deterioração de quase todas as variáveis de humor e da economia, o cenário do mercado de crédito, ao menos, pode ser considerado estável com viés de recuperação.

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