Responsável pela geração de 8 milhões de empregos, diretos e indiretos, o setor de moda precisa receber olhar atento do mercado, segundo avaliou Lucila Sciotti, representante da FecomercioSP, durante a abertura do Fórum Negócios da Moda, realizado em parceria com o Estadão.

Com apoio do Senac, Abit, Abest, Lojas Renner e Belas Artes, o evento, realizado nesta terça-feira (28), reuniu 555 participantes, entre empresários, estudantes e profissionais da área para discutir os obstáculos, as estratégias e o futuro do setor no Brasil.

De acordo com Lucila, o mercado de moda possui uma cadeia produtiva responsável por US$ 50 milhões por ano no País. "Estamos falando do segundo maior setor empregador da indústria de transformação. Temos razões de sobra para mostrar a importância do setor. Com a oportunidade do evento, ganhamos todos nós - a moda nacional e a nossa economia também", assinalou.

O diretor de conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, falou sobre a representação do setor. "A moda não é mais um segmento da estética e design, mas é um setor da cadeira produtiva que movimenta milhares de empregos, tecnologias, fornecedores, sendo uma cadeia muito rica", destacou.

O presidente do Conselho de Administração da Abit, Rafael Cervone Netto, indicou que o momento é oportuno para debater o setor. "O setor da indústria da moda está em todos os estados da Federação, mas a Abit se preocupa porque há muito tempo não se via um momento tão hostil para os negócios". Netto indicou as amarras trabalhistas e tributárias como principais entraves para alavancar o mercado nacional.

Para ele, mudanças são necessárias para devolver ao setor a produtividade e competitividade, tanto no mercado externo quanto interno, considerando a importância da moda na retomada do crescimento econômico do Brasil.

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