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Economia

Produtos como peixe e tomate encarecem custo de vida do paulistano

Índice medido pela FecomercioSP subiu 0,43% em outubro

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Produtos como peixe e tomate encarecem custo de vida do paulistano

O custo de vida do paulistano subiu 0,43% em outubro, aponta o Índice de Custo de Vida por Classe Social (CVCS) em pesquisa realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Apesar de ser inferior ao registrado no mês anterior, quando o aumento apurado foi de 0,63%, o indicador revela acréscimo de 4,85% nos preços médios em 2014 e de 6,27% nos últimos 12 meses.

Dos nove grupos de itens pesquisados, a alta em outubro com relação ao mês de setembro foi puxada principalmente por alimentação e bebidas, que encerrou o mês com variação positiva de 0,56% (diante do aumento de 1,39% visto em setembro). Apesar da significativa desaceleração no contraponto com setembro, o grupo ainda impactou de forma relevante o resultado geral do indicador e reúne a maior variação no acumulado dos últimos 12 meses dentre todos os grupos avaliados: 9,44%. Outro segmento que colaborou para o aumento do índice foi habitação, com elevação de 0,68%. Em setembro, o grupo havia registrado alta de 0,38%. Os dois grupos (alimentação e bebidas e habitação) chegam a representar cerca de 40% de todo o índice geral, tendo em vista o alto grau de relevância desses itens no orçamento das famílias.

Em outubro, apenas um grupo encerrou o mês com variação negativa: artigos do lar (-0,59%). Já os preços de comunicação e educação se mantiveram estáveis (0%). Ambos os grupos contribuíram para que o aumento do CVCS no mês não fosse maior. Contudo, a participação dessas atividades no orçamento das famílias não ultrapassa 15%.

Com relação às faixas de renda, as classes que mais sentiram o aumento do custo de vida foram a A (0,48%) – sobretudo pelo aumento dos transportes (0,73%), que representa 25% do orçamento das famílias dessa classe – e a E (0,44%). Já as menos afetadas foram a B (0,40%) e a C (0,42%).

A pesquisa da FecomercioSP analisa, separadamente, a alta de preços de produtos por meio do Índice de Preços do Varejo (IPV), e de serviços por meio do Índice de Preços de Serviços (IPS). Os preços dos produtos tiveram aumento de 0,36%, com relação ao mês anterior, impulsionado principalmente pelo grupo alimentação e bebidas, com elevação de 0,71%. Os destaques ficaram por conta do aumento dos preços dos seguintes itens: peixe merluza (11,19%), tomate (10,20%), uva (9,55%), laranja-pera (4,77%), banana-d’água (4,09%), abacaxi (4,03%) e carne de porco (3,97%). Os grupos vestuário (1,01%), transportes (0,21%) e saúde e cuidados pessoais (0,31%) também apresentaram alta significativa no IPV.

No índice que avalia os preços dos serviços, o aumento em outubro foi de 0,50%, com destaque para habitação (0,87%) e transportes (0,77%). Em habitação, as maiores contribuições vieram da alta em taxa de água e esgoto (1,28%) e energia elétrica residencial (1,52%). Já em transportes, as maiores altas se comparadas ao período anterior foram notadas em seguro voluntário de veículo (2,11%), conserto de automóvel (1,40%) e lubrificação e lavagem (1,48%).

De acordo com análise da FecomercioSP, o cenário atual demonstra que os preços dos serviços se mantêm mais pressionados do que os dos produtos. Dessa forma, a alta dos preços dos serviços tende a afetar mais as famílias de renda elevada, que consomem mais serviços do que produtos.

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