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Imprensa

Recua a percepção de estoques adequados do comércio paulistano

Indicador da FecomercioSP recuou 1,1% em relação ao mês anterior, após três melhoras mensais consecutivas

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Recua a percepção de estoques adequados do comércio paulistano

A percepção em relação aos estoques do comércio na região metropolitana de São Paulo (RMSP) registrou queda em dezembro, após três melhoras mensais consecutivas. O indicador chegou aos 110,6 pontos no mês. Em relação a novembro deste ano, a queda foi de 1,1%. Já na comparação com dezembro de 2013, o recuo foi de 13,2%.

Os dados são do Índice de Estoques (IE) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O indicador capta a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas e varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.

Na análise da FecomercioSP, ao longo de 2014 houve deterioração da adequação dos estoques, com ênfase para o aumento da proporção de empresários que identificou excesso – e não falta de produtos. Com a redução das vendas diante do que era projetado no fim de 2013, era natural que ocorresse essa inadequação, resultando em mais empresários com estoques altos.

Na comparação entre dezembro de 2014 com o mesmo mês do ano passado, houve queda de quase 12% na adequação dos estoques. Esse recuo é resultado de um aumento de quase 50% dos empresários que dizem ter estoques acima do desejado. Por outro lado, a proporção de empresários com estoque insuficiente caiu quase 8% no mesmo período.

A distância entre estoques acima e abaixo já foi de 18 pontos porcentuais. Hoje, está ao redor de 17 pontos, após ter sido reduzida em agosto para 14 pontos porcentuais e voltado a subir em outubro para 16 p.p. – marca ainda acima do patamar histórico.

A perspectiva é um Natal “magro” para o comércio varejista, já que as encomendas aos fornecedores para reforçar as vendas da data já foram feitas, e tudo indica que ficaram abaixo daquelas realizadas no ano passado. Isso pode ser explicado pelo forte aumento da percepção de estoques elevados por parte dos varejistas paulistas. Ou seja, aparentemente, os estoques estão elevados em relação às vendas neste momento e há indícios de que não ocorra recuperação até o Natal.

Para a assessoria econômica da Entidade, esse movimento resultará em complicações para o fluxo de caixa de muitas empresas do setor. Por outro lado, os pedidos a fornecedores terão de aguardar, mantendo o ritmo muito baixo da produção nacional e reduzindo o volume de importações no início de 2014.

Os principais fatores para a volta do desânimo do setor são a inflação em alta novamente após um período de trégua e a expectativa de crescimento zero para o PIB e para o varejo em São Paulo. O problema, avalia a FecomercioSP, é o retorno desse desânimo tão próximo às festas de fim de ano, momento mais importante para as vendas do comércio.

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