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Economia

Elevação da Selic para 12,75% demonstra rigor no combate à inflação

Para a FecomercioSP, somente a política fiscal aliada à política monetária é que tornará o combate inflacionário menos dolorido

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Elevação da Selic para 12,75% demonstra rigor no combate à inflação

O Banco Central elevou pela quarta vez consecutiva a taxa Selic, que passa de 12,25% para 12,75%. Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, é um sinal de que o Banco Central mantém uma postura mais agressiva no combate à inflação, principalmente neste momento em que o realinhamento de muitos preços (luz, transportes, combustíveis, IPTU, matrículas etc.) continua a colocar a inflação mensal (de janeiro e fevereiro) acima de 1%.

Mesmo com essa elevada taxa, os juros reais no início deste ano estão negativos, pois a inflação do primeiro bimestre, anualizada, atinge quase 20%. Na avaliação da Entidade, é um número elevado em qualquer circunstância, mas é mais preocupante na atual conjuntura de desaquecimento econômico.

A FecomercioSP acredita ainda que essa não será a última elevação da Selic neste ano. A taxa deverá encerrar 2015 ao redor de 13% (ou mais), patamar que pode ser atingido ainda no primeiro semestre. Para a Federação, a elevação da Selic corrobora o discurso adotado pelo governo de combate à inflação, que fechou 2014 em 6,41% (segundo medição do IPCA), muito perto do teto da meta (6,5%).

O Banco Central não pode titubear e deixar que o IPCA permaneça muito tempo acima da meta. É necessário também rigor e rapidez na elevação da taxa Selic para que a aceleração pontual não se propague por muito tempo e seja mantido o sinal de que o Banco Central busca uma convergência do IPCA para 4,5% ao longo dos próximos dois anos.

A FecomercioSP classifica como perverso o atual momento econômico, pois consumidores e empresários terão de conviver com taxas de juros muito altas, ainda que o ritmo de investimentos e de consumo das famílias já seja muito baixo. Essa talvez seja a pior combinação de fenômenos que uma economia possa presenciar - e leva o nome de "estagflação".

Para a Entidade, nesse ambiente, somente a política fiscal aliada à política monetária é que tornará o combate inflacionário menos dolorido. Com a solidez do equilíbrio macro, o IPCA virá para baixo, com o menor custo social possível. Isso é bom para o Brasil no longo prazo, mesmo sendo bastante penoso no momento.

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