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Negócios

“Professores não podem mais ignorar presença da Internet no ensino”, aponta especialista do Mackenzie

Solange Barros, coordenadora do Laboratório de Estudos em Ética nos Meios Eletrônicos da Universidade Mackenzie, é uma das palestrantes do I Congresso Fecomercio de Educação Digital, que será realizado em 5 de maio

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“Professores não podem mais ignorar presença da Internet no ensino”, aponta especialista do Mackenzie

Por Alessandra Jarussi

Os educadores – das redes pública e privada – precisam estar preparados para as mudanças impostas pela tecnologia no ambiente escolar. “O professor atual não tem mais escolha. Ele não pode ignorar a presença da Internet no ensino”, afirma a professora Solange Barros, coordenadora do Laboratório de Estudos em Ética nos Meios Eletrônicos (Leeme), da Universidade Mackenzie. Ela é uma das palestrantes do I Congresso Fecomercio de Educação Digital, que discutirá amplamente o tema no dia 5 de maio.

Segundo a especialista, é fundamental que o professor esteja sempre “à frente” dos alunos. “Apesar de as escolas ainda se utilizarem, em sua maioria, dos tradicionais padrões de ensino, o professor deve sempre ser o primeiro a buscar os conteúdos e as possibilidades que a Internet oferece para complementar suas aulas. Assim, o professor passa a ser um condutor dos alunos na busca pelo conhecimento. E esse é o maior desafio da atual geração de crianças e adolescentes: buscar informação significativa, conhecimento relevante, dentro de um universo informacional que é inesgotável”, avalia.

Solange Barros explica que o uso da Internet em sala de aula exige do professor muito preparo e pesquisa. “É essencial existir um vínculo forte com os conteúdos trabalhados em sala de aula. Nenhum professor pode vir para a aula sem um planejamento detalhado para utilizar os recursos da Internet. Os alunos precisam ser conduzidos e trabalhar junto com o professor nas descobertas. Se não for feito dessa forma, corre-se o risco de perder a atenção dos alunos, que podem desviar o uso da Internet para o que eles mais gostam de fazer: usar as redes e as mídias sociais”, diz.

Ela aponta várias possibilidades para que os docentes usem a internet a seu favor na sala de aula. “Uma das formas mais interessantes é fazer com que o aluno descubra por si só o conhecimento desejado. Para isso, o professor pode se utilizar de trabalho colaborativo, em que os alunos trabalham em grupos, pesquisando e produzindo novos conteúdos em diversos formatos, como vídeo, texto, quadrinhos e infográficos, entre outros. Outra possibilidade é utilizar recursos prontos de repositórios educacionais abertos, tais como simuladores, jogos e testes”, afirma.

Por outro lado, Solange Barros alerta que tanto educadores quanto pais devem estar atentos ao uso indiscriminado da Internet pelos jovens, que traz diversas consequências, desde problemas de saúde (visão, audição, postural, etc.) até questões ético-comportamentais. “O que acontece é que muitos deles não sabem do que devem se proteger. Fazendo uma analogia, a mesma mão que segura com firmeza a mão de um filho quando ele entra no mar pelas primeiras vezes deve ser a mão que segura firme a mão de um filho ao navegar na Internet nos primeiros acessos. Ensinamos e repetimos frases como ‘o mar é traiçoeiro’ e ‘água no umbigo é sinal de perigo’; não tiramos os olhos dele, acompanhamos seu movimento à distância e, se percebemos algo de errado, nos aproximamos para orientar e ajudar. Assim deve ser o comportamento dos pais e educadores quanto ao uso da Internet pelos jovens. É preciso tutela, acompanhamento e participação para que esses riscos sejam minimizados”, conclui a especialista.

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