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Economia

Comércio varejista de São Paulo apresenta sexta queda consecutiva no saldo de empregados formais

Segundo FecomercioSP, atual conjuntura econômica obriga o empresário a reduzir custos e ajustar quadro de funcionários

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Comércio varejista de São Paulo apresenta sexta queda consecutiva no saldo de empregados formais

O saldo de empregados formais no comércio varejista da região metropolitana de São Paulo (RMSP) atingiu a sua sexta queda consecutiva. Em maio, foram admitidos 42.090 e desligados 42.719, o que corresponde a um saldo negativo de 629 empregados. No mês, o estoque de empregados formais atingiu 1.008.340, ante 1.008.968 de abril. Nos cinco primeiros meses de 2015, foram suprimidas 20.367 vagas no comércio varejista - 214.854 admissões contra 235.221 desligamentos.

Os dados são da pesquisa realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.

Para a assessoria econômica da Federação, o saldo de contratações acumuladas nos primeiros cinco meses de 2015 mostra nitidamente a tendência de retração na geração de vagas. A diminuição vem desde 2010 e, a partir de 2012, o saldo de empregados tem sido mais negativo a cada ano.

A Entidade ressalta também que o emprego era a variável que ainda não havia sido afetada de forma mais significativa pela retração da atividade econômica, mas agora já se nota uma deterioração mais acentuada no mercado de trabalho. Diante da atual conjuntura econômica, os empresários precisam reduzir os custos e, no momento, este caminho é o da redução do quadro de funcionários. Esse cenário, portanto, deve ser perpetuado ao menos ao longo de 2015 e possivelmente em 2016.

No comparativo mensal, entre as dez atividades avaliadas pela pesquisa, os setores de concessionárias de veículos (-1,0%); lojas de departamentos (-0,9%); lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-0,7%); materiais de construção (-0,3%) e autopeças e acessórios (-0,03%) apresentaram reduções no quadro de funcionários.

Já no comparativo com maio do ano passado, o segmento de concessionárias de veículos continua registrando o pior desempenho, com redução de 6,9%. As únicas atividades com real incremento no montante de empregados foram supermercados (4,1%) e farmácias e perfumarias (3,9%).

Admitidos, desligados e rotatividade
O número de funcionários admitidos nos estabelecimentos comerciais em maio foi de 42.090, 3,7% menor que as 43.668 admissões formais ocorridas em abril. Na comparação anual, a taxa foi 13,4% menor do que as 48.607 ocorridas no mesmo mês em 2014.

Nenhuma das dez atividades apuradas pela pesquisa apresentou incremento na comparação interanual: lojas de departamentos (-23,9%); concessionárias de veículos (-22,6%); autopeças e acessórios (-18,1%); materiais de construção (-27,2%) e lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-19,6%) foram os segmentos que registraram as maiores quedas nas contratações formais no comércio varejista. A redução de admissões nesses setores pode ser explicada pela expressiva retração nas vendas.

O número de funcionários desligados registrou baixa em relação a 2014 (-12,5%), o qual passou de 48.823 em maio de 2014 para 42.719 em maio de 2015. Contra abril, percebeu-se um decréscimo de 7,4% nas demissões. Isso denota que, na medida do possível, os empresários preferem manter seu quadro de profissionais a realizar novas contratações, enquanto os trabalhadores tendem a se manter no atual emprego.

Com isso, a rotatividade da mão de obra no varejo da RMSP caiu de 4,84% em maio de 2014 para 4,20% em maio de 2015.

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