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Negócios

Autogeração de energia poderá ser fonte de renda para empresas

Medida do governo federal visa evitar racionamento enérgico diante do risco de desabastecimento

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Autogeração de energia poderá ser fonte de renda para empresas

Da Conselhos nº 31

Gerar a própria energia e vendê-la ao governo poderá ser uma fonte de receita para empresas do comércio e da indústria qe se encaixarem nos critérios da iniciativa do Ministério de Minas e Energia (MME), que prevê a compra do excedente de energia limpa proveniente dos chamados autogeradores.

Em resolução inédita, o governo federal adotou temporariamente a medida para evitar o racionamento energético diante do risco de desabastecimento. "A autogeração é uma boa alternativa em momentos críticos. No racionamento anterior, em 2001, a medida não foi utilizada porque ela praticamente não existia”, afirma o diretor da consultoria Excelência Energética, Erik Rego.

O incentivo é resultado da Portaria MME nº 44/2015 e define que para cada fonte energética utilizada na autogeração, um valor diferente será aplicado na compra. Para geração a diesel, será pago o valor de R$ 1.420,34 por megawatt-hora (MWh); para gás natural, R$ 792,49/MWh; e R$ 388,48/MWh para as demais fontes energéticas.

"Todo mundo que tem capacidade ociosa de geração está sendo incentivado a entrar na iniciativa para reforçar o sistema energético do País. Isso contribuirá positivamente durante o período seco no qual estamos entrando e deve minimizar a necessidade de redução de carga energética”, analisa o gerente de Marketing e Desenvolvimento da Ecogen, Pedro Silva.

O empreendimento comercial World Trade Center São Paulo (WTC-SP) possui sistema de geração própria, utilizado no horário de ponta ou em situações de falha na rede de distribuição. “Vamos acompanhar o andamento da portaria e olhar juridicamente os benefícios dessa operação de venda de energia. Temos interesse, mas ainda é cedo para falar se vamos participar ou não. Se sobrar energia para compartilhar com o sistema, por que não?”, assinala o CEO Luciano Montenegro de Menezes.

Apesar dos benefícios, a medida do governo é cara. “A distribuidora comprará essa energia com o dinheiro dos consumidores, pagará o custo operacional, mas voltará a cobrar dos clientes. No próximo ano, a expectativa é de que as tarifas aumentem entre 5% e 6% por conta dessa medida”, avalia Erik.

Segundo ele, o ideal seria optar pelo racionamento. “O melhor é diminuir o consumo de 5% a 10%, que é um porcentual viável. Porém, do ponto de vista político, é uma catástrofe”, comenta.

Confira a matéria na íntegra, publicada na edição 31 da revista Conselhos, clicando aqui.  

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