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Negócios

Maior acesso à internet muda comportamento do consumidor online

Pesquisas apontam alto índice de usuários que consultam a internet para adquirir produtos e serviços, enquanto os smartphones já são responsáveis por 10% das vendas online

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Maior acesso à internet muda comportamento do consumidor online

Por Jamille Niero

O maior acesso da população à internet e aos smartphones vem mudando o comportamento do consumidor de e-commerce. Um exemplo dessa mudança foi apontado na sétima edição da pesquisa Comportamento dos Usuários na Internet, realizada pela FecomercioSP e divulgada em agosto. Segundo o estudo, 75% dos entrevistados informaram que usam a internet e as redes sociais para obter informações para aquisição de produtos e serviços. 

Outra tendência que se consolida com essa mudança é a do omnichannel – quando o cliente interage com a marca em diversos canais, podendo ver o produto na loja física, efetuar a compra pela loja virtual e tirar dúvidas pelo site da empresa, por exemplo. Isso porque, segundo o presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP e diretor executivo da E-bit, Pedro Guasti, “a tendência do varejo mundial e brasileiro é que esses canais se integrem, com o consumidor querendo comprar de acordo com a conveniência, seja por celular, pesquisar características na loja física e comprar pela internet, ou ainda comprar pela internet e retirar na loja física”, aponta. 

Segundo ele, isso deverá se concretizar em breve, impulsionado pela crescente facilidade de acesso à internet e aos smartphones. “Ainda há uma gama de pessoas que não estão 100%, mas daqui a dois ou três anos não vai mais existir telefones que só falem. Haverá mais smartphones em uso, permitindo o acesso à informação farta para o consumidor tomar sua decisão de compra a partir de comparadores de preços, acesso a portais e sites especializados”, diz.

Outra prova da consolidação cada vez mais próxima do omnichannel é a quantidade de pessoas (54%) que diz pesquisar preços de produtos na internet e comprar nas lojas de rua ou em shoppings centers. O número é próximo dos que informaram que às vezes pesquisam os preços de produtos nas lojas de rua e shoppings centers para depois comprar pela internet (44%). 

Momento econômico
Ainda de acordo com a pesquisa da FecomercioSP, a expectativa ainda é positiva para efetuar algum tipo de compra online para 51% dos entrevistados, o que pode ser justificado pelo fato de que é possível conseguir melhores preços, no atual momento econômico, por este mecanismo. 

Para Andreia Moura, coordenadora do curso de Administração do Centro Universitário Newton Paiva, de Belo Horizonte, com o poder de compra reduzido, as lojas virtuais se tornam um bom ambiente para compras, pois a facilidade de pesquisar preços e encontrar o mais em conta é maior do que em lojas físicas. “Se o consumidor for pesquisar na rua sairia mais caro devido ao tempo e dinheiro gastos no deslocamento. Mesmo em shoppings centers, com uma boa variedade de lojas e produtos, não há tantas opções quanto na internet”, observa. 

Já a pesquisa Webshoppers, divulgada também em agosto pela E-bit, apontou que houve mudança na estratégia das lojas online para diminuir as vendas parceladas. Atualmente, 54,2% dos pedidos são realizados com pagamento à vista ou em até três parcelas. Em 2015, apenas 3,59% dos pedidos foram realizados com parcelamentos acima de 11 vezes, percentual menor que no passado, quando o índice era de 7,95%. 

Na análise de Guasti, duas possíveis explicações para a redução do número de parcelas são: a classe C, que geralmente adere aos parcelamentos longos, tem evitado contrair novas dívidas devido ao momento econômico. Além disso, esse mesmo consumidor, que também se endividou no ano passado, precisa pagar as dívidas já contraídas para ter crédito e voltar a fazer novas compras. “Quem tem crédito, dinheiro em conta, capital de giro e desconto para pagar à vista, opta por esse tipo de pagamento”, avisa Guasti. 

Smartphones e aplicativos 
Andreia Moura, do Centro Universitário Newton Paiva, destaca uma área em franca expansão no e-commerce, que são os aplicativos de compras para smartphones. “O empresário que explorar isso para desenvolver seu negócio, oferecendo mais praticidade ao consumidor na compra online, será bem sucedido. O aplicativo é bom para o consumidor porque ele está em qualquer lugar e consegue comprar. Ele pesquisa e compra no horário de almoço, sem precisar ir para a rua nas lojas físicas. As pessoas aproveitam a oportunidade que têm”, destaca. 

Guasti concorda e ainda acrescenta que, um aplicativo  bem desenhado, com facilidade de navegação e poucos cliques para efetivar a compra, pode estimular as compras por impulso, especialmente no segmento de Moda e Acessórios, o campeão de vendas do e-commerce.

Vale lembrar que os dispositivos móveis (smartphones e tablets) se tornaram um forte canal de vendas, atingindo um share transacional de 10,1% das vendas do comércio eletrônico, segundo a pesquisa Webshoppers. 

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