A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), por meio do Conselho de Sustentabilidade, considera que as perspectivas da 21ª Conferência das Partes, a COP 21, que começou nesta semana em Paris, na França, são as mais positivas possíveis e ressalta que é um avanço diante de todas as discussões já realizadas até o momento. 

Para a Federação, grandes passos já foram dados para cumprir as metas de combate às mudanças climáticas, como o caso da China, que sempre foi um país que se posicionou de maneira contrário e, agora, compromete-se a deixar de aumentar a utilização de carvão a partir do ano de 2025 ou 2030.

Os Estados Unidos, por meio de medidas executivas, também servem de exemplo a ser citado, quando assumiram compromissos nesse sentido, assim como o Brasil, que manifestou por meio de um INDC (Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas, documento que contém o que cada país pretende fazer para reduzir e remover as emissões de gases do efeito estufa), a proposta dos planos nacionais de redução de emissões em aproximadamente em 37% até 2025.

A FecomercioSP espera que a COP21 alcance um novo acordo internacional legalmente veiculante sobre o clima, aplicável a todos os países. Para o presidente do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP, José Goldemberg, existem boas promessas de governos que constituíram um passo adiante para se evitar o pior, mas ainda não está claro o quanto elas serão seguidas. "Se não ocorrer um acordo veiculante, a COP 21 será caracterizada como um fracasso, o que é difícil de acontecer", afirma José Goldemberg.

O professor Goldemberg salienta que a manifestação e a participação de diversos países do mundo na COP 21 são imprescindíveis para que essas várias promessas sejam transformadas em leis obrigatórias. "Pode parecer uma etapa difícil, mas, ainda assim, houve um progresso, pois os países se comprometeram com promessas objetivas, visando reduzir as emissões de carbono com números bem definidos", enfatiza o presidente do Conselho de Sustentabilidade.

Para Goldemberg, é fundamental que as metas apresentadas, os INDCs, sejam revistos periodicamente a cada cinco anos para que os objetivos sejam assegurados.