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Economia

Ambientes mais lúdicos e humanos em hospitais são tema de reportagem da revista “Problemas Brasileiros”

Iniciativas que levam palhaços, professores e até animais de estimação a hospitais brasileiros fazem parte da Política Nacional de Humanização da Saúde

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Ambientes mais lúdicos e humanos em hospitais são tema de reportagem da revista “Problemas Brasileiros”

Mudanças surgiram a partir de 2000, ano em que o Ministério da Saúde regulamentou o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar
(Arte/TUTU)

Hospitais com ambientes estritamente técnicos, sem vida e onde os pacientes são tratados de forma impessoal já não retratam a realidade do sistema de saúde brasileiro. É o que mostra uma reportagem da revista Problemas Brasileiros sobre a introdução de cenários lúdicos para pacientes que enfrentam longos tratamentos.

Segundo a matéria, as mudanças surgiram a partir de 2000, ano em que o Ministério da Saúde regulamentou o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar, introduzindo a ideia de que a abordagem do paciente não se limita a recursos tecnológicos, mas também inclui um tratamento respeitoso e acolhedor.

Em princípio, cabia a cada hospital adotar ou não práticas de humanização. Em seguida, em 2004, o governo lançou um segundo programa, intitulado “Política Nacional de Humanização da Saúde”, projeto que ganhou o status de política pública e que vem sendo adotado por hospitais privados e públicos.

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Um exemplo é o Hospital Infantil Darcy Vargas, que acolhe mais de 50 projetos de diferentes organizações que atuam na área de humanização hospitalar. A lista de ações desenvolvidas é diversificada: contadores de histórias; visita de animais domésticos, que ajudam a entreter os jovens pacientes e aliviar o estresse do tratamento; apresentações de grupos musicais ou circenses, como o grupo Palhaçuras, composto só de mulheres que atuam como palhaços; jardim terapêutico, onde as crianças brincam e aprendem os princípios básicos de jardinagem; e o cantinho da beleza, em que crianças, mães e trabalhadores de saúde podem fazer o cabelo e ganhar um novo ânimo com a melhoria da aparência, entre outras iniciativas.

A humanização não fica apenas nas atividades lúdicas. Voluntários do Colégio Miguel de Cervantes, localizado nas proximidades do Darcy Vargas, oferecem aulas de língua e cultura espanholas. Uma parceria com a Secretaria de Educação e com a Secretaria de Saúde também alocou cinco professores no hospital para evitar que os alunos percam o ano. Ao fim da internação, as crianças levam o caderno de atividades e o apresentam à escola, para que o conteúdo seja considerado em seu currículo escolar.

Embora médicos e funcionários observem frequentemente os efeitos da visita de palhaços, de contadores de história ou do contato com cães no progresso dos pacientes, ainda não há muitos estudos que comprovem cientificamente os efeitos dessas práticas no tratamento, segundo o pós-doutorado em Neurociência na área de educação Guilherme Brockington. Em entrevista à revista Problemas Brasileiros, ele recordou um estudo da década de 1990, publicado pela revista Science, que verificou que pacientes internados em um quarto com janela para o verde se recuperavam mais rápido do que os que ficavam em quartos com vista para um estacionamento.

Para ler o material completo, acesse a reportagem de Silvia Kochen na edição 443 da revista Problemas Brasileiros aqui.

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