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Economia

Após seis meses de alta, varejo paulista volta a eliminar vagas formais em janeiro de 2018

Segundo a FecomercioSP, período pós-festas de fim de ano fez o setor extinguir 17.874 empregos com carteira assinada

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Após seis meses de alta, varejo paulista volta a eliminar vagas formais em janeiro de 2018

Em janeiro, os principais responsáveis pelo saldo geral negativo foram as lojas de vestuário, tecidos e calçados
(Arte: TUTU)

Após seis meses de resultados positivos, o comércio varejista do Estado de São Paulo voltou a eliminar postos formais de trabalho. Em janeiro, foram extintas 17.874 vagas com carteira assinada, resultado de 67.692 admissões e 85.566 desligamentos. Dessa forma, o varejo paulista encerrou o mês com um estoque ativo de 2.071.335 vínculos celetistas, leve alta de 0,2% em relação a janeiro do ano passado.

Os dados compõem a Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP Varejo), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, calculado com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

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Em janeiro, os principais responsáveis pelo saldo geral negativo foram as lojas de vestuário, tecidos e calçados (-10.828 vagas) e os supermercados (-7.281 vagas), enquanto o varejo de materiais de construção e de autopeças e acessórios geraram 684 e 293 empregos com carteira assinada, respectivamente.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, ainda que o número de vagas fechadas no mês tenha sido maior do que o apurado no mesmo período de 2017, é importante ressaltar que o ajuste do quadro funcional varejista após o Natal teve início já em dezembro de 2016, quando pouco mais de 5 mil empregos foram extintos, seguido pela eliminação de mais 16.352 vínculos formais em janeiro de 2017. Em dezembro de 2017, o saldo foi positivo em 925 empregos, o que não acontecia desde dezembro de 2010, fazendo com que o desligamento dos colaboradores contratados para o fim de ano se concentrasse em janeiro de 2018.

No acumulado dos últimos 12 meses, foram abertos 4.804 postos de trabalho, impulsionado pelos segmentos de supermercados (+7.465 vagas) e de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (+4.791 vagas). Em termos proporcionais, destaca-se também as farmácias e perfumarias cujo número total de empregos formais cresceu 2,6% em relação a janeiro de 2017.

A Entidade ressalta ainda que, sazonalmente, o desempenho do mercado de trabalho formal varejista em janeiro é de retração, tanto que o setor registrou mais desligamentos do que admissões nas 16 regiões analisadas, com destaques para a capital (-5.582 vagas) e para Campinas (-2.003 empregos). Passada a melhor data para o varejo (Natal) e as liquidações de início de ano, é natural que isso ocorra e não reverta o cenário positivo projetado para o varejo esse ano.

Varejo paulistano
Na capital paulista, o fechamento de 5.582 vagas celetistas foi resultado de 20.159 admissões contra 25.741 desligamentos. No acumulado de 12 meses, foram criados 706 postos de trabalho e, assim, o estoque total encerrou o primeiro mês do ano com 646.018 trabalhadores formais, leve variação de 0,1% em relação a janeiro de 2017.

Das nove atividades pesquisadas, quatro apresentaram alta no estoque de trabalhadores no comparativo anual, com destaque para as farmácias e perfumarias (4,2%); e eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (1,8%). As maiores quedas foram observadas nos segmentos de concessionárias de veículos (-2,1%) e lojas de vestuário, tecidos e calçados (-2%).

No mês, o setor de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos registrou saldo positivo de 212 empregos formais, e o de materiais de construção, 71 novas vagas. As lojas de vestuário, tecidos e calcados eliminaram 3.501 postos formais; e os supermercados, 1.841.

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