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Economia

Cautela faz paulistano economizar em maio, e segurança de crédito sobe 11,5%, aponta FecomercioSP

Segundo pesquisa da Entidade, aumento das reservas financeiras foi ainda maior entre os endividados, cujo indicador avançou 20,6%

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Cautela faz paulistano economizar em maio, e segurança de crédito sobe 11,5%, aponta FecomercioSP

Federação aponta que 60% dos aplicadores têm na poupança o principal destino dos seus recursos
(Arte: TUTU)

As incertezas econômicas e políticas decorrentes do ano eleitoral fizeram as famílias paulistanas ficarem cautelosas com o orçamento e voltarem a poupar em maio. Segundo a Pesquisa de Risco e Intenção e Endividamento (PRIE), elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o Índice de Segurança de Crédito subiu 11,5%, ao passar de 74,5 pontos em abril para 83,1 pontos em maio, variação ainda mais acentuada entre os endividados, cujo indicador avançou 20,6%, passando de 55 para 66,3 pontos no mesmo período.

Entre os não endividados, o Índice de Segurança de Crédito teve crescimento de 4% na comparação mensal e aumento de 7,7% na comparação anual. Para a assessoria econômica da FecomercioSP, o aumento do índice geral – somando a segurança de crédito dos endividados e não endividados – também tem relação com a sazonalidade do período, momento em que as contas do começo do ano já foram pagas e quando as famílias já tiveram tempo de equilibrar o orçamento e começar a estruturar sua reserva financeira.

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O mesmo conservadorismo também se refletiu no Índice de Intenção de Financiamento, que permaneceu no mesmo patamar de abril, com 39,1 pontos, depois de ter subido 10% entre janeiro e março, atingindo 44 pontos. Isso significa que a parcela de paulistanos que declararam ter a intenção de comprar um produto com pagamento parcelado ou financiado foi de 18,9%.

De acordo a FecomercioSP, apesar dos crescimentos das vendas no varejo, da produção industrial e da geração de postos de trabalho, os avanços na economia estão acontecendo de forma muito tênue, em um ritmo mais fraco do que vinha ocorrendo no fim de 2017. Assim, a confiança de consumidores e de empresários ainda não reagiu, mas se os números de abril e maio se repetirem e contagiarem a produção, em breve, o cenário econômico dará novos sinais de otimismo, o que não tem ocorrido neste começo de ano.

Aplicações
A poupança ainda é o investimento preferido dos paulistanos, apesar de ter se mantido em patamares menores do que de períodos anteriores. Em maio, 60% dos aplicadores tinham na poupança o principal destino dos seus recursos, alta de 3,5 pontos porcentuais (p.p.) em relação aos 56,5% apurados em abril, quando essa modalidade de investimento atingiu o menor patamar da série histórica. No mesmo mês de 2017, a proporção era de 57,5%. Os que investem em renda fixa alcançaram 20,4%, seguida por previdência privada (9,6%) e ações (3,6%). Outros investimentos somaram 6,4%.

Segundo a FecomercioSP, o momento indica atenção e cautela, e o otimismo que estava mais forte do fim de 2017 não se sustenta no presente. Por enquanto, a Entidade mantém projeções um pouco mais otimistas do que indicam as pesquisas e pretende rever essas posições apenas se a mudança de cenário entre o fim do ano passado e o começo deste ano for considerada irreversível ou se agravar.

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