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Economia

Comerciante precisa facilitar pagamento à vista para evitar calote e melhorar fluxo de caixa

Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) mostra que consumidor paulistano evita fazer novas dívidas e tem dificuldade de acertar os compromissos anteriores

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Comerciante precisa facilitar pagamento à vista para evitar calote e melhorar fluxo de caixa

Proporção de famílias paulistanas endividadas sobe para 51,2% em julho e interrompe sequência de quedas
(Arte: TUTU)

O empresário paulistano deve facilitar a forma de pagamento à vista a seus clientes para diminuir riscos de calotes e melhorar o fluxo de caixa. A medida é indicada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), uma vez que, no momento, o nível da inadimplência está elevado.

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Entidade, em julho, apontou que 764 mil famílias (ou seja, 19,6% das famílias) não conseguiram quitar a dívida na data do vencimento. É o quinto mês em que a taxa de inadimplência permaneceu acima dos 19%, e o perfil dessa dívida em atraso é, em grande parte, de médio prazo, ou seja, acima de 90 dias.

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A taxa de famílias endividadas – as que fizeram algum tipo de financiamento ou parcelamento – subiu de 49,4% em junho para 51,2% em julho, interrompendo a sequência de três quedas consecutivas. Em números absolutos, praticamente dois milhões de famílias estão com algum tipo de dívida na cidade de São Paulo.

Entre os endividados, 73,2% disseram que estão compromissados com cartão de crédito. Na sequência, vieram carnês (13,9%), financiamento de carro (12,8%), crédito pessoal e financiamento de casa (ambos com 10,8%).

A situação mostra o contínuo receio das famílias paulistanas em comprometer sua renda, reflexo do crescente desemprego e da dificuldade em acertar as contas por parte das famílias inadimplentes, principalmente as de renda mais baixa. A PEIC aponta que a taxa de famílias inadimplentes com renda abaixo de dez salários mínimos ficou em 24,8% (+0,3 p.p. do que em junho) e 7,4% (estabilidade) para as famílias com renda mais elevada.

O comércio varejista deve sentir, neste segundo semestre, ritmo menor nas vendas, em decorrência dessas dificuldades na quitação de dívidas e da redução da confiança e intenção de consumo das famílias, como mostra a FecomercioSP em suas outras pesquisas. Enquanto não houver uma melhora significativa e constante no mercado de trabalho, o sistema financeiro deve reduzir a oferta de crédito, e a situação tende a permanecer difícil para o consumidor e para o varejo.

A recomendação da Entidade é que o empresariado fique atento quanto à criação ou à perda de emprego para antecipar movimentos futuros de contração de crédito e riscos.

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