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Economia

Confiança do consumidor paulistano cai em junho e atinge menor patamar desde novembro de 2017

Crise de abastecimento gerada pela greve dos caminhoneiros e ano eleitoral criaram ambiente de incertezas, afetando o humor dos consumidores

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Confiança do consumidor paulistano cai em junho e atinge menor patamar desde novembro de 2017

Federação acredita que, com a normalização do abastecimento, as perspectivas presentes melhorem um pouco
(Arte: TUTU)

A paralisação dos caminhoneiros, que durou 11 dias e causou desabastecimento em todo o País, gerou efeitos negativos sobre o humor dos consumidores paulistanos. Com isso, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 8,4% em junho em relação ao mês de maio e passou para 104 pontos.

Foi a maior queda na comparação mensal desde maio de 2015, e, agora, o ICC está no menor patamar desde novembro do ano passado. Em relação a junho de 2017, o indicador registrou alta de 3,9%.

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A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), responsável por medir mensalmente o ICC, já havia constatado a piora da percepção dos consumidores em relação ao momento atual, ao traçar um cenário antes e depois do início da paralisação.

Desde o início do ano, o ICC vinha alternando momentos de alta e baixa sem estabelecer uma trajetória definida, mas se mantendo acima dos 100 pontos, ou seja, indicando um sentimento de otimismo dos consumidores paulistanos.

Na passagem de maio para junho, os dois quesitos que compõem o indicador recuaram na comparação mensal.

O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) registrou queda de 7% e passou para 77,9 pontos em junho. Em relação ao mesmo mês de 2017, houve elevação de 10,1%. No resultado apurado, destacou-se o recuo de 9,8% entre os consumidores com renda familiar acima de dez salários mínimos, ao passar de 96,8 pontos em maio para 87,3 pontos em junho; e também entre aqueles com idade inferior a 35 anos, com queda de 9,2% na mesma base de comparação, atingindo 82,6 pontos.

O Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) caiu 9%, ao passar de 133,3 pontos em maio para 121,4 pontos em junho. No comparativo anual, o índice ainda registrou alta de 1,5%. No IEC, todas as segmentações também registraram variação negativa na passagem de maio para junho, e, novamente, os consumidores de maior renda e abaixo de 35 anos se destacaram, com variações negativas de 11,2% e 12,4%, respectivamente.

Recomendação
As vendas do varejo paulistano referentes ao mês de março indicavam uma alta consistente, mas, diante do cenário atual – em que houve aumento no grau de incerteza nos ambientes econômico e político –, a Entidade recomenda uma certa dose de cautela nas decisões. O alerta de precaução está relacionado principalmente à formação dos estoques.

A Federação acredita que, com a normalização do abastecimento, as perspectivas presentes melhorem um pouco, mas pede que o comerciante aguarde até que se tenha um quadro mais claro da conjuntura econômica brasileira nos próximos meses, pelo menos até o resultado das eleições em outubro deste ano.

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