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Negócios

Coworking é opção de espaço para empreendedor começar o negócio

Locais oferecem serviços e têm custos menores para facilitar a vida dos empresários

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Coworking é opção de espaço para empreendedor começar o negócio

Praticidade atrai também empresas de pequeno porte, que chegam a instalar suas sedes ali
(Arte/TUTU)

Por Jamille Niero

Não precisar se preocupar em montar a estrutura do ambiente de trabalho nem com itens como segurança, limpeza e até internet são os principais motivos pelos quais empreendedores optam em trabalhar em espaços de coworking. Um local mais acolhedor, descontraído e a possibilidade de interagir com outras pessoas – muitos também empresários iniciando seus negócios – são outros quesitos que tornam esses locais atrativos.

Foi pensando assim que, desde setembro do ano passado, Juliana Sarpi Elorza trocou o escritório de advocacia em um prédio empresarial para conciliar as atividades de coach e organizadora de eventos em um coworking na capital paulista. Segundo ela, combina mais com o atual estilo de vida e profissional, mais simples, e é até mais aconchegante para receber os clientes, que podem ser atendidos no jardim da casa. Juliana destaca ainda o custo mais em conta, já que é possível alugar uma posição no espaço compartilhado ou salas privadas (que funcionam como escritórios ou apenas para reuniões). “Sai mais barato o aluguel por dia no coworking que por hora em uma sala comum em prédio comercial”, relata.

A praticidade atrai também empresas de pequeno porte, que até instalam suas sedes ali.

É o caso da Zazcar, companhia de carsharing, cujo escritório fica dentro do Sharing E.C. há dois anos. Fundada em 2009, a corporação já passou por escritório fixo em um prédio alugado, mas optou pelo coworking devido à alta rotatividade dos funcionários, que hoje somam 12, e à flexibilidade do local.

Estando no espaço, não é preciso designar algum colaborador próprio para resolver problemas com o fornecedor da internet (serviço que são dependentes devido à natureza das atividades) já que isso fica a cargo do Sharing E.C.. “Como não temos uma equipe grande, facilita, já que focamos apenas no nosso negócio mesmo”, ressalta o diretor de marketing, Thiago Perrenoud.

Demanda
Hoje existem 378 espaços ativos no País, 52% a mais do que em 2015, e mais de 10 mil posições de trabalho (número 54% superior ao ano anterior), segundo o Censo Coworking Brasil 2016. A maioria deles (148 locais) está no Estado de São Paulo.

São mais opções para o empreendedor escolher qual é a mais adequada para sua necessidade. Mas não basta apenas oferecer serviços de segurança, limpeza, telefonia e internet. Os coworkings paulistas investem em outros diferenciais para atrair usuários.

Para facilitar a interação, o Sharing E.C. apostou na contratação de uma empresa para mapear quem está ali dentro para sugerir parcerias entre os empreendedores de acordo com o serviço prestado. “A ideia é facilitar que façam negócios ali dentro, entre eles”, relata Matias Vazquez, sócio-fundador do local, que possui duas unidades no bairro de Pinheiros, na capital paulista – uma aberta em 2012 e outra no ano passado.

A mais nova inaugurou recentemente um andar inteiro dedicado ao ramo da moda. Foram instaladas máquinas profissionais de costura, um especialista na área foi colocado à disposição para consultas e um canto foi transformado em estúdio para quem quiser fotografar ou fazer vídeos para divulgar o trabalho. O objetivo é atrair estudantes e profissionais recém-formados para testarem ideias sem precisar investir muito.

Prestes a ser inaugurado, também na cidade de São Paulo, o Working4You terá como diferencial a oferta de consultoria jurídica e contábil. Os serviços serão prestados pelo proprietário, Marcos Tilelli, que é advogado. Segundo ele, ambas já estarão inclusas nos pacotes contratados por quem for usar o espaço.

Ele conta que a ideia de abrir um coworking veio depois que ele conheceu o conceito em viagens aos Estados Unidos, e decidiu usar um prédio da família que não conseguia mais alugar para outros empreendimentos. “De seis meses para cá comecei a estudar mercado e estamos em fase de elaboração de preço”. A expectativa é faturar R$ 55 mil (brutos) nos primeiros 90 dias de funcionamento.

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