Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Economia

Cultura não ocupa espaço importante no Brasil, lamenta André Köhler

Professor da EACH-USP diz que a cultura é muitas vezes incluída na área da educação e acaba não sendo trabalhada da melhor maneira no Brasil

Ajustar texto A+A-

Cultura não ocupa espaço importante no Brasil, lamenta André Köhler

Em um país como o Brasil, em que parte da população não tem acesso a serviços básicos, a cultura é vista como supérfluo. A análise é do professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), André Fontan Köhler, em entrevista ao UM BRASIL. “Na teoria, ela [a cultura] está na Constituição como direito básico, ao lado da educação e da saúde, mas, na prática, não ocupa espaço importante”, explica Köhler.

O professor fala sobre cultura e preservação do patrimônio municipal na nona aula do curso digital Desafios da Gestão Municipal no Brasil, produzido em parceria com a EACH-USP. Köhler discute com Humberto Dantas e Fernando Coelho que a cultura é importante em uma agenda simbólica, mas é deixada de lado principalmente nas pequenas e médias cidades.

Veja também:
Saúde traz desafios enormes para gestão pública, afirma Marília Louvison
A cidade é um organismo em permanente construção, diz Lacir Baldusco
UM BRASIL discute mobilidade urbana e avanços recentes no Brasil

Köhler chama a atenção para o fato de que o Plano Nacional de Cultura (PNC) está muito distante de um Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, que exige por meio de incentivos e punições que Estados e municípios se adaptam. “A área de cultura no plano municipal é muito discricionária e, dado que não se tem uma burocracia formada, ela fica à mercê do dirigente de plantão”, critica.

O acadêmico afirma que a cultura é incluída muitas vezes na área de educação e acaba não sendo trabalhada como deveria. Em grande parte dos casos, as prefeituras ficam com total poder sobre o planejamento cultural, e a política na área resulta em ações esporádicas. “A cultura vira um apêndice, às vezes, até na esfera estadual”, completa.

As aulas – ministradas na EACH-USP durante o primeiro semestre de 2017 – compõem a série que discute temas como segurança pública, saúde, educação, turismo, democracia participativa, cultura e mobilidade, entre outros assuntos. Ao todo, são 13 aulas que serão divulgadas no portal da FecomercioSP semanalmente.

Confira a entrevista na íntegra: 

Fechar (X)