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Economia

Custo de vida na região metropolitana de São Paulo tem alta de 0,27% em fevereiro

Segundo FecomercioSP, apesar da elevação, trata-se da menor taxa para um mês de fevereiro desde o início da série histórica

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Custo de vida na região metropolitana de São Paulo tem alta de 0,27% em fevereiro

Dos nove grupos que compõem o CVCS, apenas três assinalaram queda em fevereiro: alimentação e bebidas (-0,39%); artigo do lar (-0,36%); e despesas pessoais (-0,03%)
(Arte: TUTU)

O custo de vida na região metropolitana de São Paulo aumentou 0,27% em fevereiro. Apesar da alta, essa é a menor taxa para um mês de fevereiro desde o início da série histórica, em dezembro de 2010. O resultado ficou abaixo do 0,32% registrado no mesmo período de 2017. Assim, no primeiro bimestre de 2018, o custo de vida sinalizou alta de 0,33%, e no acumulado dos últimos 12 meses, 3,58%.

Os dados são da pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

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A atividade de educação puxou a alta do CVCS em fevereiro, com acréscimo de 4,17% em seus preços médios. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, essa era uma variação sazonal já esperada por causa do reajuste de matrículas, frequentemente realizado no início do ano letivo.

Em seguida está o grupo dos transportes, com alta de 0,19%, ante o aumento de 0,77% em janeiro. A atividade possui a segunda maior ponderação no orçamento familiar, ultrapassando 21%.

Também apresentaram elevação de preços em fevereiro os segmentos de habitação (0,21%), vestuário (0,51%) e saúde (0,20%). Dos nove grupos que compõem o CVCS, apenas três assinalaram queda em fevereiro: alimentação e bebidas (-0,39%); artigo do lar (-0,36%); e despesas pessoais (-0,03%).

A pesquisa revela ainda que as classes que possuem maior poder aquisitivo foram as que mais sentiram a alta dos preços em fevereiro, uma vez as de menor rendimento tendem a destinar uma porcentagem muito baixa de seus recursos para a educação, buscando o serviço público. O custo de vida das classes A e B subiu 0,47% e 0,54%, respectivamente, enquanto as classes D e E exibiram variações negativas de 0,07% e 0,12%, consecutivamente.

IPV
O Índice de Preços no Varejo (IPV) apresentou recuo de 0,19% em fevereiro, a maior queda desde junho do ano passado, quando acusou decréscimo de 0,72%. Seis dos oito grupos que integram o IPV registraram variação negativa em relação a janeiro deste ano, com destaque para alimentação e bebidas (-0,87%). A atividade acumulou declínio de 0,22% no bimestre e -2,02% no dado anualizado. No mês, as principais quedas foram observadas nos preços de: coco ralado (-4,78%), milho-verde em conserva (-4,84%), cação (-5,60%), alho (-5,70%), açúcar refinado (-6,15%), banana-d'água (-6,27%), brócolis (-6,28%), mamão (-6,29%) e couve (-7,54%).

Por outro lado, os itens de vestuário (0,51%) e transportes (0,36%) tiveram variação positiva em fevereiro.

O IPV registrou variação negativa para todas as classes de renda, sendo que as classes A e B foram as que menos sentiram os recuos nos preços, com retrações de 0,05% e 0,10%, respectivamente. As classes D e E foram as que mais se favoreceram, assinalando decréscimos de 0,34% e 0,33%, respectivamente.

IPS
O Índice de Preços de Serviços (IPS) registrou aceleração ao passar de -0,29% em janeiro para o incremento de 0,76% no segundo mês do ano. A alta no bimestre foi de 0,47%, e nos últimos 12 meses, de 5,27%.

Apenas um dos nove segmentos que integram o IPS apresentou recuo em seus preços médios em fevereiro: o de transporte (-0,12%). Em janeiro, eram quatro segmentos com preços inferiores aos notados no mês imediatamente anterior.

Entre as atividades que registraram variação positiva, os reajustes de educação se destacaram. A atividade exerceu a maior pressão no mês, com os preços subindo 4,51% e 7,06% em 12 meses.

Os preços do grupo saúde e cuidados pessoais cresceram 0,99% em fevereiro. No primeiro bimestre do ano, o aumento foi de 1,82%, e nos últimos 12 meses, de 10,74%. Os destaques ficaram por conta dos serviços de dentista (2,64%) e psicólogo (2,83%) e de plano de saúde (1,07%).

As classes A e B foram as mais impactadas pelo desempenho do resultado de fevereiro e encerraram o mês com variações positivas de 0,93% e 1,11%, respectivamente. Na contramão, as classes E e D, com variações positivas de 0,19% e 0,34%, consecutivamente, foram as que menos sentiram os efeitos do aumento nos preços médios dos serviços.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o comportamento dos preços no varejo no primeiro bimestre deste ano sugere que a inflação segue sob controle, mantendo a tendência consolidada do ano passado. A estabilidade monetária faz com que haja uma manutenção no poder de compra das famílias, não provocando restrições orçamentárias e garantindo o padrão de consumo a que os consumidores estão habituados.

A Entidade reforça que os setores de transporte, alimentação e bebidas e saúde ainda podem sofrer alguma pressão de alta no próximo mês. As oscilações devem ser sentidas, mas não tendem a perturbar de forma significativa a trajetória dos preços. Na média e para o encerramento de 2018, devem seguir comedidos e ainda dentro da meta de inflação estimada pelo Banco Central.

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