Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Economia

Economia brasileira deve sair do ciclo negativo no segundo semestre de 2017

Inflação controlada, queda dos juros e nível de emprego estabilizado melhoram as perspectivas para este ano

Ajustar texto A+A-

Economia brasileira deve sair do ciclo negativo no segundo semestre de 2017

Expectativa é de que recessão seja interrompida com alta de 0,5% do Produto Interno Bruto neste ano
(Arte/Tutu)

A economia brasileira completou dois anos de recessão, culminando com o número de 12 milhões de desempregados, passando por uma inflação que atingiu dois dígitos e o encarecimento do crédito. A expectativa, no entanto, é de que o Brasil saia desse ciclo negativo neste ano, com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,5%. Pode até ser muito aquém do que o País precisa, mas a perspectiva de um dado positivo melhora as esperanças das pessoas.

Banco Central acerta ao reduzir Selic para 13% em janeiro, avalia FecomercioSP
Varejo brasileiro deve perder mais de R$ 10 bilhões em 2017 devido aos feriados nacionais
Presidente do BC diz na FecomercioSP que ciclo de queda de juros pode ser intensificado

Os consumidores, por exemplo, encerraram o ano passado com 27% de aumento na confiança e voltaram a ficar otimistas com o ambiente econômico geral no País. Quem também teve um ganho de confiança foram os empresários do comércio, com alta anual de 32%. E há motivos, de fato, para acreditar que este ano de 2017 será melhor que o anterior.

Isso porque são três as variáveis que influenciam fortemente a decisão de compra das famílias: emprego, renda e crédito. O primeiro tema, o emprego, pode-se dizer que, pelo menos, parou de piorar. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), organizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a taxa de desempregados vem permanecendo estável desde julho do ano passado. Os empresários fizeram os cortes necessários no ano de 2015 e no primeiro semestre de 2016, e agora a economia se adequou a um novo patamar de produção e de números de empregados.

Já a renda será muito menos pressionada neste ano, abrindo espaço para mais consumo. A inflação, que bateu 10,7% em 2015, tende a fechar abaixo do teto da meta do Banco Central, de 6,5%, em 2016. A projeção para este ano é de ficar abaixo dos 5%. Vale lembrar que está tendo deflação no grupo que mais importa no orçamento das famílias: os alimentos.

Com a inflação voltando a patamares mais adequados, há espaço para aumentar os cortes nos juros. Por mais que uma redução de 0,5 ponto porcentual não represente tanta coisa ao consumidor no curto prazo, apenas a expectativa do ciclo de queda já reduz a taxa de juros futura e movimenta os investidores a buscarem melhores rentabilidades. Muitos, inclusive, investem na economia real, o que favorece na geração de emprego e renda.

Portanto, o emprego parando de piorar, a inflação controlada e os juros caindo formam uma excelente equação para esperar bons resultados. Evidentemente, o quadro político-econômico atual é bastante grave, e o primeiro semestre deste ano carregará ainda muito do legado negativo do ano passado. Porém, pode-se acreditar na recuperação lenta e gradual no segundo período do ano baseado na melhora destes indicadores, fundamentais para decisões de compra e investimentos.

Fechar (X)