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Economia

Educadores comentam práticas inovadoras em escolas brasileiras com diferentes realidades

Conversa com professores de três locais do País aborda ainda a necessidade de mudança na formação dos profissionais para que consigam entender o momento atual

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Educadores comentam práticas inovadoras em escolas brasileiras com diferentes realidades

Jayse Pereira, Gina Albuquerque e Willmann Costa falam ainda sobre a participação dos familiares e da comunidade nas escolas
(Reprodução/UM BRASIL)

A importância de olhar para a realidade do aluno, o papel do professor na formação do jovem e as novas tecnologias que ajudam no aprendizado conduzem o debate produzido por UM BRASIL e a Fundação Lemann com três professores da Rede Conectando Saberes. A conversa, mediada por Leandro Beguoci, diretor editorial e de produtos da Associação Nova Escola, discutiu os novos desafios da escola pública brasileira. Os educadores Gina Albuquerque, professora de Educação Básica do Distrito Federal, Willmann Costa, diretor geral do Colégio Chico Anysio no Rio de Janeiro, e Jayse Pereira, professor de Educação Básica de Itambé, Pernambuco, contam como geraram soluções eficazes nas escolas em que atuam sem esperar por iniciativas governamentais. 

Outro ponto abordado foi a formação dos professores e o que deve ser mudado nas universidades para que os novos docentes saiam para a sala de aula mais preparados para lidar com a vida real. Para Gina, é importante aproximar a formação teórica da prática, para que eles tenham em mente que cada local tem sua realidade. “Percebi ao longo de 25 anos na área, que cada escola é única, não dá para uma única formação atender todos os problemas. É preciso dar ao professor condições para que ele entenda a dificuldade e seja criativo e inovador para construir uma solução que não está pronta, porque é específica da demanda que ele tem ali”, diz. 

Para Pereira, seria interessante inverter o processo atual e colocar o aluno de Pedagogia para estagiar logo no início da graduação, para ele já pensar em maneiras de intervir no que encontrará ao se formar. Já Costa cita a necessidade de nunca parar de estudar, como em qualquer profissão. “Ele lida com jovens e deve entender o que acontece na juventude, lembrando que a cada dois anos estará com uma geração diferente, com outros valores, e precisará adequar sua aula.” 

Para quem acabou de se formar em Pedagogia e vai agora para a sala de aula, as dicas dos educadores incluem sempre ouvir o outro – seja aluno, coordenador pedagógico ou mesmo colegas de profissão – para entender os problemas e poder criar soluções; ter consciência da importância do seu trabalho e sempre se valorizar, vendo relevância no que faz porque também é fonte de inspiração; e se colocar no lugar do aluno, apresentando em suas aulas aquilo que gostaria de assistir como estudante. 

É importante também não procurar apenas um culpado para o problema de aprendizagem no País, como a evasão e o abandono, mas procurar soluções para isso. “Sempre devemos olhar para a educação considerando o contexto que o aluno está, mas não pode usar as limitações como desculpa”, diz Gina. “Procurar culpado não chega a lugar nenhum. O professor deve perguntar como pode ajudar aquele aluno”, observa Costa. Eles reforçam a importância de não apenas apontar os erros do estudante para a família, mas também os pontos positivos, trazendo a comunidade para ajudar a melhorar o local. “Todos podem dividir a culpa e colaborar para resolver”, considera Pereira.

Confira a entrevista na íntegra abaixo:

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