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Economia

Enfraquecimento da economia reduz ritmo de recuperação do mercado de trabalho e resultado mais expressivo deve aparecer somente em 2019

Incerteza na política impacta negativamente a propensão do empresário em contratar

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Enfraquecimento da economia reduz ritmo de recuperação do mercado de trabalho e resultado mais expressivo deve aparecer somente em 2019

Propensão do empresário do comércio em contratar caiu 8,3% nos últimos dois meses, segundo a FecomercioSP
(Arte/Tutu)

Com a melhora dos indicadores econômicos, sobretudo da confiança dos empresários e dos consumidores, a geração de empregos no comércio terminou o ano passado em recuperação. Contudo, em função do enfraquecimento da economia neste ano, principalmente a partir do segundo trimestre, o quadro esperado de continuidade e aceleração do mercado de trabalho não se confirmou, tendo as demissões, inclusive, superado as contratações em alguns meses.

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o comércio varejista no Estado de São Paulo fechou quase 6 mil vagas em junho. Com esse resultado, o saldo do primeiro semestre de 2018 é de 32 mil desligamentos no setor. Em 12 meses, o saldo ainda é positivo, com 7 mil vagas criadas.

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A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), organizado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), indica que, de janeiro a maio, as vendas cresceram 6,1% no território paulista. Apesar do resultado positivo, os empresários têm enfrentado situações que inibem as contratações.

O principal obstáculo em 2018 é a incerteza sobre o cenário eleitoral, que, consequentemente, retarda as decisões de consumir e de investir. O indicador da FecomercioSP que mede a propensão do empresário do comércio em contratar caiu 8,3% nos últimos dois meses e, com isso, está abaixo do patamar de meados de 2017.

A tendência para o segundo semestre – período tradicionalmente mais forte do que o primeiro em função de datas comemorativas como o Dia das Crianças, a Black Friday e o Natal – não é das melhores. O estímulo às contratações não deve ser alto, uma vez que, por mais que a eleição tenha sido decidida, o grau elevado de desemprego limita o volume de vendas, mesmo com inflação e juros baixos.

A recuperação do mercado de trabalho será longa e gradual, e os resultados mais expressivos devem aparecer somente em 2019.

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