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Imprensa

Famílias paulistanas reduzem intenção de consumo em fevereiro

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São Paulo, 6 de março de 2015 - As famílias paulistanas reduziram a intenção de consumo em fevereiro. O índice que mede a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou retração de 0,4% em relação a janeiro, passando de 108,6 para 108,2 pontos. No comparativo anual, a retração foi ainda maior (-13,7%).

O indicador é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e varia de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos é considerado insatisfatório e acima de cem pontos é apontado como satisfatório.

Na comparação com janeiro, os itens que mais impactaram a queda do indicador foram Perspectiva de consumo, que caiu 2,4%, atingindo 94,5 pontos; e Nível de consumo atual, que recuou 2,3%, somando 85,3 pontos. Este item tem registrado pontuação inferior a cem há dois anos e um mês, indicando insatisfação das famílias. Ou seja, elas estão comprando menos agora em relação ao mesmo período do ano anterior.

Ainda no patamar da insatisfação está o item Momento para duráveis, que caiu 0,8% e atingiu 82,8 pontos no mês. No comparativo anual, a pontuação atual está 31,5% abaixo do registrado em fevereiro de 2014. De todos os itens que compõem o ICF, este é o que registrou a pior avaliação em fevereiro e segue pelo décimo mês consecutivo abaixo dos cem pontos, sinalizando que ainda é um mau momento para a compra de produtos duráveis.

Acesso ao crédito variou negativamente em 1%, mas a pontuação para o item no mês foi de 123,7 pontos, na área de satisfação, indicando que as famílias ainda encontram facilidade para conseguir empréstimo para comprar a prazo.

Já os itens que registraram pontuação superior à verificada em janeiro estão Perspectiva profissional (2%), Renda atual (0,5%) e Emprego atual (0,2%). A pontuação registrada foi 118,1 pontos, 131 pontos e 121,9 pontos, respectivamente.

Em relação a fevereiro de 2014, todos os itens que compõem o ICF registraram queda. A menor retração foi verifica no item Nível de consumo atual (-5,7%), e a maior, em Momento para duráveis (-31,5%).

Na avaliação por faixa de renda, a pontuação foi similar nas duas classes analisadas: 108,2 pontos nas famílias com renda abaixo de dez salários mínimos, e 108,3 pontos na classe com receita superior a dez salários mínimos.   

Na avaliação da assessoria econômica da FecomercioSP, o indicador mantém a tendência de queda e, com três itens abaixo dos cem pontos, mostra que as famílias paulistanas ainda estão sentindo o impacto da crise econômica e dos reajustes de preços sobre o seu orçamento e nível de consumo.

Para a Entidade, o cenário econômico incerto no primeiro semestre e mais reajustes em tarifas e preços, além do possível aumento de imposto via pacote de ajuste fiscal, irá manter o indicador em patamar histórico baixo.

Vale destacar que a renda já foi impactada. No acumulado de 12 meses na região metropolitana de São Paulo, o IPCA já atinge 7,1%, e o grupo de Alimentos e bebidas, 9,2%. Apesar de ainda não ter sofrido grande impacto, já há sinais na economia real de que a tendência é de aumento no desemprego. Se isso se concretizar e se ampliar nas diversas cadeias produtivas, o ICF deverá atingir recordes negativos e impactará o comércio com a fuga de consumidores.

Nota metodológica
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde agosto de 2009, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego atual; Perspectiva profissional; Renda atual; Acesso ao crédito; Nível de consumo atual; Perspectiva de consumo; e Momento para duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos é considerado insatisfatório e acima de cem pontos é denotado como satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias e para as instituições financeiras.

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