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Economia

Inadimplência cresce e empresário pode ampliar formas de pagamento para atrair clientes

Carnês de loja são alternativa para consumidor que está com o orçamento doméstico prejudicado

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Inadimplência cresce e empresário pode ampliar formas de pagamento para atrair clientes

O principal tipo de dívida continua sendo o cartão de crédito, com 70,1% das famílias paulistanas endividadas nessa modalidade.
(Arte/Tutu)

O empresário pode oferecer o carnê como método de pagamento para atrair mais consumidores, sobretudo aqueles com renda mais baixa. Outra medida importante para o momento – que registra aumento no número de endividados e inadimplentes na capital paulista – é ampliar o prazo de pagamento. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) recomenda apenas que o empresário se mantenha atento ao fluxo de caixa para que as sugestões citadas não tragam efeitos negativos.

Em março, num movimento considerado natural, o porcentual de famílias endividadas subiu de 53,6% para 55,1% em março – ou seja, 2,16 milhões de famílias estão com algum tipo de dívida. Na comparação anual o aumento foi de apenas 0,8 ponto porcentual, segundo mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), feita mensalmente pela FecomercioSP.

Esse aumento é reflexo dos consumidores que se excederam nos gastos de fim de ano sem planejar as tradicionais despesas do início de 2019. Os setores de eletrodomésticos, eletrônicos, móveis e materiais de construção são os mais afetados pela cautela do consumidor que evita fazer dívidas no médio e longo prazos.

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A pesquisa aponta que a parcela de renda comprometida com dívida ficou praticamente estável –, de 28,5% em fevereiro para 28,8% em março. Há um ano, esse porcentual era de 29,1%.

O número de famílias inadimplentes também cresceu: agora, 787,3 mil delas estão com dificuldade de pagar alguma dívida na data do vencimento. Foram 12,9 mil lares a mais em março do que no mês anterior e 36,2 mil famílias a mais que o mesmo período de 2018. A taxa de inadimplência em março chegou a 20,1% dos entrevistados, algo que não acontecia desde outubro passado.

Segundo a PEIC, os inadimplentes tiveram seu tempo médio de atraso aumentado de 68 dias em fevereiro para 69 dias na análise mais recente. Em um ano, houve aumento médio de cinco dias. O atraso superior a 90 dias atingiu 56,4% dos inadimplentes, superior aos 52,2% no mesmo mês do ano passado.

A taxa de famílias na cidade que dizem não ter condições de pagar a dívida atrasada passou de 8,5% em fevereiro para 8,7% em março. Também não muito distante dos 8,4% registrados neste mês no ano passado. Em termos absolutos, são 342,6 mil famílias nessa situação, 8,3 mil e 16,9 mil a mais nas comparações mensal e anual, respectivamente.

Tipo de dívida

O principal tipo de dívida continua sendo o cartão de crédito, com 70,1% das famílias paulistanas nessa modalidade. O porcentual ficou próximo do visto em fevereiro (70,8%), mas abaixo dos 73,7% registrados em março de 2018.

Na segunda posição estão os carnês, com 14,7%, índice maior que os 13,5% vistos em fevereiro. Para a FecomercioSP, essa elevação pode sinalizar uma opção encontrada pelo consumidor que não conseguiu utilizar o cartão de crédito. Outros porcentuais de dívida que estão na casa dos dois dígitos são: financiamento de carro (12,3%) e financiamento de casa (11,6%).

Faixa de renda

Na análise por faixa de renda, a taxa de endividamento tomou rumos diferentes. Enquanto para o grupo com renda abaixo de dez salários mínimos a taxa subiu de 56,4% para 58,7%, para os que ganham acima de dez salários mínimos, o porcentual caiu de 45,4% para 44,6%, entre os meses de fevereiro e março.

Entre os inadimplentes, o indicador ficou praticamente estável em ambos os grupos analisados. Para as famílias com renda até dez salários mínimos o índice passou de 24,4% em fevereiro para 24,9% em março. No grupo que ganha mais, a taxa atingiu 8,6% em março, 0,1 ponto porcentual superior ao mês anterior.

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