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Imprensa

Intenção de consumo das famílias cresce pelo oitavo mês consecutivo em fevereiro e atinge o maior patamar desde abril de 2015

Segundo a FecomercioSP, indicador teve alta de 5,5% em relação a janeiro, e, pelo terceiro mês seguido, todos os itens avaliados registraram elevação

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São Paulo, 5 de março de 2018 – No mês de fevereiro, o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) chegou aos 94,3 pontos, maior patamar desde abril de 2015. Em comparação a janeiro, o indicador teve alta de 5,5%, o maior avanço mensal desde dezembro de 2012. Em relação ao mesmo período do ano passado, a elevação foi ainda maior – de 21,5%, quando o ICF marcava 77,6 pontos.

O ICF é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100, satisfação em relação às condições de consumo.

Pelo terceiro mês seguido, todos os sete itens que compõem o ICF cresceram na comparação mensal. O destaque ficou por conta do item Renda atual, que apresentou o maior ganho em pontos, passando de 98,5 pontos em janeiro para 104,9 pontos em fevereiro. As altas mensais foram de 6,5%, em comparação a janeiro, e de 23,7%, no contraponto anual. Segundo a FecomercioSP, a última vez que esse item ficou acima dos 100 pontos foi em maio de 2015. Houve um aumento de oito pontos porcentuais, de 25% para 33%, dos paulistanos que disseram que a renda de sua família está melhor do que há um ano.

Os outros dois itens que estão no patamar de satisfação são os relacionados ao emprego. O item Emprego atual apontou alta de 4,8%, ao atingir 112,4 pontos em fevereiro. Além de mais seguros no cargo em que ocupam no momento, os paulistanos (55%) também projetam um cenário de mais oportunidades para o responsável pelo domicílio nos próximos seis meses. O item Perspectiva profissional subiu 4,4%, chegou aos 116,8 pontos e ficou como o item de melhor avaliação do ICF no mês.

De acordo com a assessoria econômica da Entidade, o crescimento da satisfação com a renda e com o emprego é crucial para que haja disponibilidade de aumento do consumo. E os paulistanos continuam, cada vez mais, deixando de ser cautelosos nos seus gastos. O item Nível de consumo atual registrou alta de 6% na comparação mensal, atingindo os 63,8 pontos. Apesar do avanço é o item com a avaliação mais baixa do ICF no mês: 51% dos entrevistados afirmaram que estão consumindo menos do que há um ano, enquanto em fevereiro do ano passado esse porcentual era de 60%.

O item Perspectiva de consumo seguiu a mesma tendência e passou dos 91,9 pontos em janeiro para os 96,5 pontos em fevereiro, alta de 5% e na comparação anual, a variação foi de quase 40%. Por enquanto, são 31% que disseram que devem consumir mais nos próximos meses e 35% que devem diminuir. Há um ano essa relação estava em 22% e 52%, respectivamente.

Segundo análise da Federação, os paulistanos parecem ter aproveitado as oportunidades que surgiram com as liquidações de início de ano, principalmente em relação aos bens duráveis. O item Momento para duráveis avançou 8,4% e chegou aos 74,6 pontos. Na comparação anual, o aumento foi de 31%. Ainda tem uma maioria (59%) que diz que é um mau momento para compras de produtos como TV, carro, geladeira etc. No entanto, em fevereiro do ano passado, esse porcentual estava em 69%.

O item Acesso a crédito, por sua vez, subiu 4,6%, oitava alta seguida, e chegou a 90,9 pontos. Para 30% dos entrevistados, está mais fácil conseguir empréstimo para compras a prazo, e para 39%, mais difícil. No início de 2017, eram 22% que responderam que havia mais facilidade, contra 51%.

Em relação às faixas de renda, a FecomercioSP destaca que ambas registraram crescimento nos seus índices. A maior evolução, tanto em pontos quanto em variação, foi das famílias com renda superior a dez salários mínimos, que passou de 97,2 para 104,1 pontos, alta de 7,1%. Esse índice não ficava acima dos 100 pontos desde março de 2015. E, dos sete itens que compõem o ICF desse grupo, cinco já estão no patamar de satisfação. Ou seja, em termos gerais, as famílias com renda mais elevada estão satisfeitas com o emprego, renda e consumo.

O ICF das famílias com renda abaixo dos dez salários mínimos continua subindo, mas ainda se posiciona no patamar de insatisfação, registrando em fevereiro 90,9 pontos, crescimento mensal de 4,9%, o quinto consecutivo. Para esse grupo, há um grau mais elevado de satisfação em relação ao emprego e à renda, mas, por enquanto, o consumo ainda se recupera de forma menos acentuada.

Diante dos resultados, a FecomercioSP destaca que essa sequência positiva do ICF, aproximando-se dos 100 pontos, é um termômetro que indica que o setor deve ter um ritmo mais elevado de vendas neste ano, uma vez que a intenção de consumo aumentou quase 22% em um ano. Ainda segundo a Entidade, a inflação e os juros em queda favorecem a ampliação do consumo, conjuntamente com a melhora do mercado de trabalho, formal ou informal. Portanto, a tendência do ICF continua positiva e pode passar ao nível "satisfatório" ainda no primeiro semestre.

Metodologia
O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego atual; Perspectiva profissional; Renda atual; Acesso ao crédito; Nível de consumo atual; Perspectiva de consumo; e Momento para duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de 100 pontos é considerado insatisfatório e acima de 100 pontos é denotado como satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias e para as instituições financeiras.

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