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Imprensa

Intenção de consumo das famílias tem alta pelo segundo mês consecutivo em setembro, aponta FecomercioSP

Segundo a Entidade, indicador subiu 1,1% em relação a agosto e 10,8% no comparativo anual

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São Paulo, 1º de outubro de 2018 – O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu pelo segundo mês consecutivo, após uma série de quatro quedas. Em setembro, o indicador apresentou crescimento de 1,1% na comparação mensal, passando de 86,5 pontos do mês de agosto para os atuais 87,5 pontos. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve um avanço de 10,8%, quando o índice marcava 79 pontos.

O ICF é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação, e acima de 100, satisfação em relação às condições de consumo.

Dos sete itens analisados, seis apontaram aumento em relação a agosto. A maior variação foi do item Perspectiva de consumo, que cresceu 3% no comparativo mensal e atingiu 88,3 pontos em setembro ante os 85,7 pontos do mês anterior. A assessoria econômica da Entidade ressalta que esse foi o item que mais sofreu nos últimos meses com a greve dos caminhoneiros, uma vez que o recuo entre maio e julho foi de 13%. Assim, apesar do atual patamar se manter abaixo do nível pré-maio, está 16,9% acima da pontuação de setembro de 2017 (75,6 pontos).

Embora as famílias paulistanas tenham melhorado a sua percepção com o futuro, no curto prazo, porém, os gastos ainda estão bem contidos, avalia a Federação. O item Nível de consumo atual permaneceu tecnicamente estável em relação a agosto, com 60,3 pontos, sendo o item com pior avaliação do ICF no mês. Ainda há uma maioria (55%) que respondem que estão comprando menos do que há um ano.

Outro item que está se recuperando dos efeitos da última greve é o Momento para duráveis, que cresceu 2,4% no contraponto mensal, passando de 59,3 pontos para 60,7 pontos. No comparativo anual o avanço é de 11,3%. Ao todo, porém, 66,5% dizem que ainda é um mau momento para aquisição de bens duráveis, como geladeira, fogão, TV, etc.

O item Renda atual voltou a registrar alta após duas quedas consecutivas. Em setembro, houve aumento de 1,2% na comparação com agosto e o índice atingiu 95,6 pontos. Em relação a setembro de 2017, quando o indicador apontava 89,8 pontos, a alta foi de 6,5%.

Os únicos itens que estão acima dos cem pontos, ou seja, no nível de satisfação, são os ligados ao emprego. Ambos com pontuações próximas, com 110,2 pontos para o Emprego atual e 111,8 pontos para Perspectiva profissional, alta de 1,3% e 2,1%, respectivamente. No comparativo anual os dois tiveram aumento acima de 8%. De acordo com a Entidade, o resultado mostra que a maioria dos paulistanos está segura no seu cargo atual e estão projetando uma melhora profissional para o responsável pelo domicílio nos próximos seis meses.

No campo negativo está o item Acesso ao crédito. No mês, a retração foi de 2,4% passando de 87,7 pontos em agosto para 85,6 pontos nessa última pesquisa. Apesar disso, o atual patamar é 11% superior ao visto em setembro do ano passado, quando apresentava 77,1 pontos. De qualquer forma, há um percentual importante de famílias paulistanas (43%) que encontram dificuldades na obtenção de financiamento para compras a prazo.

Faixa de renda
Na análise por faixa de renda, os resultados foram divergentes. O grupo de famílias com renda abaixo dos dez salários mínimos (SM) influenciou o desempenho geral positivo, que passou de 83,7 pontos em agosto para 85,2 pontos em setembro, alta de 1,7%. No grupo com renda superior a dez SM, por sua vez, o índice ficou tecnicamente estável, com leve queda de -0,3%, atingindo os 94,3 pontos.

De acordo com a FecomercioSP, o resultado do ICF de setembro ainda indica um processo de recuperação da satisfação após a greve dos caminhoneiros ocorrida em maio. A maioria das famílias permanece insatisfeita com as condições econômicas do país. A inflação está baixa, mas em processo de taxas crescentes, avalia a Entidade.

Com o aumento do endividamento e da inadimplência os bancos voltaram a ficar mais seletos com o crédito, dificultando a capacidade de consumo das famílias. A FecomercioSP frisa, novamente, que é importante que haja a volta dos investimentos para, consequentemente, ter a geração de emprego, que elevará a confiança do consumidor para que ele se sinta mais seguro em gastar mais. Desta forma, com as incertezas políticas e econômicas atuais, o ICF tende a permanecer oscilando próximo aos 90 pontos, o que esfria, de alguma forma, as expectativas dos empresários para o restante do ano.

Metodologia
O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego atual; perspectiva profissional; Renda atual; Acesso ao crédito; Nível de consumo atual; Perspectiva de consumo; e Momento para duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de 100 pontos é considerado insatisfatório e acima de 100 pontos é denotado como satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias e para as instituições financeiras.

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