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Editorial

Ocupação formal do varejo na região de Osasco retrai 2,6% e fecha 3.848 postos de trabalho em um ano

Segundo a FecomercioSP, segmentos de lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento (-18%) e de lojas de vestuário, tecido e calçados (-7,8%) foram os que mais apresentaram recuo

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São Paulo, 27 de janeiro de 2016– Em novembro de 2015, o estoque de empregados do varejo na região de Osasco recuou 2,6%, na comparação com o mesmo período de 2014 e chegou a 143.787 no mês. Com isso, foram eliminadas 3.848 vagas no período. Já no acumulado do ano, houve queda de 2,2% na ocupação formal da região, o que resultou no fechamento de 3.163 postos de trabalho. Na comparação mensal, foram criados 2.089 empregos no mês, resultado de 7.120 admissões contra 5.031 desligamentos. 

As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). 

Das nove atividades analisadas, seis apresentaram queda na ocupação formal ao longo dos últimos 12 meses. Os maiores recuos proporcionais foram vistos nos segmentos de lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento (-18%) e lojas de vestuário, tecido e calçados (-7,8%). 

O setor de farmácias e perfumarias foi o que apresentou maior crescimento (7,4%), seguido pelo segmento de supermercados (1,7%). 

 pesp-osasco

Desempenho estadual

Em novembro, o comércio varejista do Estado de São Paulo abriu 13.682 novas vagas de emprego formal, consequência de 86.113 admissões contra 72.431 desligamentos, o que resultou em um estoque total de 2,14 milhões de trabalhadores. Apesar do dado positivo visto em novembro – mês que concentra a geração de empregos temporários para o Natal –, esse foi o pior desempenho para o período desde 2007. Além disso, no acumulado dos últimos 12 meses, o varejo fechou 55,6 mil postos de trabalho, o que representa uma queda de 2,5% no estoque de trabalhadores em relação a novembro de 2014. É a primeira vez desde 2008 que esse saldo fica negativo no período. 

Ao avaliar o mercado de trabalho de janeiro a novembro, o cenário também foi negativo. Foram perdidas 48.260 vagas, representando um decréscimo de 2,2% do estoque de trabalhadores. 

Das nove atividades analisadas, sete registraram redução do estoque de empregados em novembro, se comparado com o mesmo período de 2014. Destaques para os setores de concessionárias de veículos (-7,8%) e lojas de vestuário, tecido e calçados (-6,7%). Por outro lado, apenas os segmentos de farmácias e perfumarias (2,5%) e supermercados (0,9%) registraram aumento da ocupação formal. 

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, diante de uma persistente crise econômica que afeta diretamente o consumo das famílias e, consequentemente, o faturamento do comércio, o setor varejista perdeu gradativamente ao longo dos últimos anos a sua capacidade de investir e gerar vagas de emprego no período que antecede o Natal. 

A Entidade projeta cenários cada vez mais pessimistas para os próximos meses (principalmente entre dezembro e março), já que parte do orçamento familiar será destinada ao pagamento de despesas de início de ano (IPVA, IPTU etc.), diminuindo a parcela disponível para consumo, o que resultará em receitas de vendas ainda menores e, consequentemente, saldos ainda mais negativos nas movimentações do mercado de trabalho do varejo paulista. 

Nota metodológica

A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP) analisa o nível de emprego do comércio varejista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e nove atividades do varejo: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento; matérias de construção; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecido e calçados; supermercado e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

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