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Economia

Parcela de famílias paulistanas endividadas em dezembro cai ao menor índice desde fevereiro de 2017

Segundo a FecomercioSP, a proporção com dívidas retraiu 2,8 pontos porcentuais em relação a novembro, atingindo 48,7%

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Parcela de famílias paulistanas endividadas em dezembro cai ao menor índice desde fevereiro de 2017

Pesquisa aponta que a taxa de inadimplência seguiu a mesma tendência e apresentou queda de um ponto porcentual
(Arte: TUTU)

A proporção de famílias paulistanas endividadas registrou, em dezembro, a menor taxa desde fevereiro de 2017, atingindo 48,7%, redução de 2,8 pontos porcentuais (p.p.) em relação a novembro e queda de 7,6 p.p. na comparação com o mesmo período do ano passado. Essa queda anual significa, em números absolutos, que 284 mil famílias deixaram de estar endividadas e, agora, são 1,9 milhão de lares que permanecem com algum tipo de dívida.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

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A taxa de inadimplência seguiu a mesma tendência e apresentou queda de um ponto porcentual – de 18,5% para 17,5% de famílias que não conseguiram quitar a dívida até a data do vencimento. No contraponto anual, a retração foi ainda maior, de 2,2 pontos porcentuais. Atualmente, são 685 mil lares nessa condição de atraso.

O porcentual de famílias que dizem que não terão condições de pagar suas dívidas com atraso apontou leve queda, de 8,7% em novembro para 8,3% no mês atual. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, apesar da queda, esta taxa segue superior aos 7,4% de dezembro do ano passado. Na cidade de São Paulo, são 325 mil famílias que estão nessa situação.

Em relação ao tempo de dívida em atraso, houve também redução na média, em dias, passando de 68,4 em novembro para 67,1 dias no último mês de 2018. O maior porcentual é o de longo prazo, acima de 90 dias, que passou de 57,2% em novembro para 53,2% em dezembro. Assim, aumentou o porcentual de curto prazo (até 30 dias), de 19,6% para 20,1%, e também de médio prazo (entre 30 e 90 dias), de 21,8% para 23,9%. De acordo com a Entidade, apesar da melhora mensal, houve uma piora do perfil na comparação com o mesmo mês de 2017, quando a média era de 62,6 dias.

Entre os endividados, o comprometimento da dívida ficou muito similar ao visto em novembro. A dívida com tempo superior a um ano permaneceu na casa dos 34% (34,3%); de seis a um ano, com 18,7%; de três a seis meses, com 22,2%; e, por fim, até três meses, com 22,1%. Assim como aconteceu com a inadimplência, o perfil do comprometimento em relação a dezembro do ano passado apresentou uma leve piora, passando da média de 7,1 meses para 7,3 meses.

Na segmentação por renda, para ambos os grupos analisados houve queda do endividamento. Para as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos (SM), a taxa caiu de 55,3% em novembro para 52,3% em dezembro. Para o grupo com renda superior a dez SM, o endividamento retraiu de 40,6% para 38,2% no mesmo período. No contraponto anual, também houve recuo e de maneira igual, de 7 p.p., quando, naquele mês de 2017, as taxas respectivas eram de 59,9% e 45,9%.

De acordo com a Federação, o resultado de dezembro traz um alívio para o orçamento com a redução da inadimplência. As famílias estão mais otimistas com o período pós-eleitoral, com recebimento da parcela do décimo terceiro e o mercado de trabalho relativamente melhor do que o ano passado. A melhora da conjuntura, mesmo que de forma tímida, permite que as famílias quitem seus compromissos atrasados para novas compras, com destaque para o Natal e as liquidações de início de ano.

Ainda segundo a FecomercioSP, em um ano marcado com a inadimplência permanecendo por meses perto do topo histórico, essa redução da taxa nos últimos meses é um alento aos varejistas e ao sistema financeiro, que podem reduzir taxas de juros – pelo menor risco – e esperar aumento nas vendas.

Tipo de dívida
Muito embora tenha havido as reduções nas taxas nos últimos dois meses, os tipos de dívidas mais frequentes não sofreram alterações significativas. A principal continua sendo o cartão de crédito, com 70,6%, quase igual aos 70,9% do mês anterior. Na segunda posição, estão os carnês, com 13,2%, seguido por financiamento de carro (12%) e crédito pessoal (10,6%).

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