Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Editorial

Riso é termômetro importante para a comédia, mas não é absoluto

Para Cláudio Torres Gonzaga, diretor da peça “Enfim, nós”, em cartaz no Teatro Raul Cortez, o trunfo do espetáculo é também contar com situações românticas com as quais o público se identifica

Ajustar texto A+A-

Riso é termômetro importante para a comédia, mas não é absoluto

Cássio Reis, Fernanda Vasconcellos e Cláudio Torres Gonzaga falaram sobre o espetáculo
(Foto de Christian Parente)

Por Jamille Niero

“Quando se faz comédia, o fator de qualidade está aparentemente ligado à quantidade de riso, que é um termômetro importante, mas não absoluto”, assegura Cláudio Torres Gonzaga, um dos criadores e diretor da comédia romântica “Enfim, nós”, em cartaz no Teatro Raul Cortez. Segundo ele, foi esse o alerta dado ao casal de atores Fernanda Vasconcellos e Cássio Reis, intérpretes dos personagens centrais do espetáculo, que estreou em 21 de janeiro.

“Não dá para negar que há uma certa cobrança por risadas, porque é algo que deve ocorrer naturalmente, enquanto as cenas vão acontecendo. O público não chega em casa depois e ri, pensando ‘que boa aquela piada’, é uma reação imediata ali. E isso é o mais difícil”, comenta o diretor.

Por outro lado, a peça tem uma combinação de comédia e romance, o que faz com que a plateia também se identifique com as situações vivenciadas no palco. “É muito importante não se deixar levar só pela comédia e manter a parte romântica, que é o que faz com que ela tenha a vida longa, porque não é só a piada, tem aquilo que os casais se identificam”, alega Gonzaga.

É a primeira vez, ao longo dos cerca de 10 anos de existência, que a peça conta com atores casados na vida real. Por isso, acredita o diretor, o espetáculo foi enriquecido pela intimidade já existente entre Fernanda e Cássio. “De adaptação foi feito pouco, apenas atualizamos alguns nomes e piadas, que foram mudando por causa do tempo. Tirando isso, a mudança fundamental e que enriqueceu foi a bagagem deles.”

Contudo, a intimidade foi um ponto que os atores precisaram tomar cuidado ao construir os personagens. “Precisamos descontruir muita coisa para a peça funcionar e não virar um reality”, aponta Cássio Reis. “E o Cláudio nos ajudou muito, indicando quando estávamos falando como casal da peça e da vida real”, acrescenta Fernanda Vasconcellos.

O resultado pode ser conferido nas apresentações realizadas aos sábados (às 21h) e aos domingos (às 18h), no Teatro Raul Cortez, na sede da FecomercioSP, até 19 de fevereiro. Clique aqui para outras informações. 

Fechar (X)