Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Negócios

Taxa de conversão da loja virtual deve ser usada para melhorar estratégia de vendas

Indicadores do desempenho do e-commerce são essenciais para o empreendedor descobrir e resolver os problemas que o consumidor enfrenta ao acessar a página

Ajustar texto A+A-

Taxa de conversão da loja virtual deve ser usada para melhorar estratégia de vendas

Informações podem ser disponibilizadas pela própria plataforma da loja virtual e ferramentas de Analytics e devem ser analisadas quase em tempo real
(Arte/TUTU)

Por Jamille Niero

Boa parte dos micros e pequenos empresários que operam no comércio eletrônico brasileiro não têm conhecimento das métricas e indicadores do setor – e de sua importância para o negócio. Pesquisa do Sebrae sobre o varejo online apontou que 42,2% dos Microempreendedores Individuais (MEI), 28% das Microempresas (ME) e 23,7% das Empresas de Pequeno Porte (EPP) do segmento não souberam informar a taxa de conversão do seu comércio eletrônico.

Indicadores são importantes para um e-commerce, pois revelam o desempenho do negócio. A taxa de conversão é essencial porque mostra quantas visitas a uma loja virtual resultaram em pedidos fechados pelo consumidor. No e-commerce brasileiro, ela gira em torno de 1,5%, segundo essa mesma pesquisa do Sebrae, de 2015.

“Quanto maior a taxa de conversão, maior será o retorno e menor será o custo de investimento em marketing que o empresário do setor vai precisar fazer”, explica Pedro Guasti, presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e CEO da E-bit.

Segundo ele, alguns indicadores – como a taxa de conversão e abandono de carrinho de compras – devem ser analisados quase que em tempo real. Essas informações podem ser disponibilizadas pela própria plataforma da loja virtual e ferramentas de Analytics, que informam ainda dados como o “funil de compra”, ou seja, em quais etapas do processo de compra o consumidor desiste. A partir daí, o empresário pode entender se é possível melhorar a usabilidade das página, reforçar a comunicação, diminuir a quantidade de etapas para o cliente finalizar a transação ou, ainda, entender se o site está com algum problema técnico.

O presidente do referido Conselho explica ainda que para a taxa de conversão está diretamente ligada a qualidade e perfil do tráfego da loja. Em outras palavras, quem é o visitante que entra na loja virtual? “O público que chega até o e-commerce tem que estar alinhado com o público-alvo que compra os produtos. Se vendo pranchas de surfe para jovens, tenho que atrair jovens”, exemplifica.

Para Maurício Correa, diretor da plataforma para lojas virtuais EZ Commerce, a taxa de conversão representa “a saúde do negócio” de quem opera no comércio eletrônico e deve ser acompanhada de perto. “Se oscila demais para baixo pode indicar um problema que precisa ser diagnosticado, se oscila demais para cima pode indicar que uma mudança ou ação no site trouxe melhora”, observa.

Entre os pontos técnicos que podem impactar esse indicador, Correa destaca tempo de carregamento e segurança das páginas, otimização da pesquisa, e a usabilidade da loja virtual. O ideal é que o site tenha fácil navegação e uma estrutura de categorias que ajude o consumidor a encontrar o que deseja. De nada adianta a loja ter o produto para venda, mas o cliente não conseguir encontrá-lo na busca.

Prazo, preço, frete e entrega também são importantes para a taxa de conversão, aponta o especialista, uma vez que são itens que podem tornar a loja virtual mais competitiva perante a concorrência.

Fechar (X)