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Negócios

Terceirização de frotas auxilia locadoras de veículos a manter receita em tempos de crise

Com a queda na atividade corporativa em geral, empresas vendem veículos próprios para gerar caixa e optam pelo aluguel para baratear custos

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Terceirização de frotas auxilia locadoras de veículos a manter receita em tempos de crise

Aumento da demanda do consumidor por veículos usados é outro fator para as locadoras incrementarem a receita
(Arte/TUTU)

Por Jamille Niero

A terceirização de frota – veículos alugados por empresas para longos períodos – sustenta a maior parcela dos negócios (55%) das locadoras de automóveis do Estado de São Paulo, contribuindo para a manutenção das receitas do setor.

Segundo levantamento do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo (Sindloc-SP), filiado à Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), em 2015 o faturamento do setor subiu 1,8%, chegando a R$ 6,93 bilhões. Além disso, foi verificado crescimento no número de empresas de 3.253 para 3.265, e aumento da frota, que avançou 1,92%, contabilizando 425.182 veículos.

Oportunidade
Para o presidente do Sindloc-SP, Eládio Paniagua Junior, o principal desafio do setor é procurar os possíveis clientes e entender suas dificuldades. “O carro é o ativo de maior liquidez. As empresas os vendem, mas continuam precisando deles. É quando descobrem a locação”, explica. Paniagua diz ainda que o aluguel por períodos maiores sai mais em conta do que manter veículos próprios, já que a manutenção, revenda e renovação da frota ficam por conta da locadora.

Contudo, para algumas empresas do setor, a demanda corporativa ficou estável. “Tem muitas empresas que reduziram a necessidade de veículos. Se tinham 100 carros, hoje mantêm 80. Eu diria que o aluguel de frota está andando de lado, não há alta nem queda”, alega Roberto Mendes, CEO da Localiza, rede de aluguel de carros que tem 565 agências distribuídas no Brasil e em mais sete países na América do Sul.

Medidas para contornar a crise
Além da identificação de uma oportunidade de negócios com o serviço de terceirização da frota para empresas, as locadoras de veículos também adotaram outras medidas para fecharem no azul no fim do mês. De acordo com Paniagua, foram necessários cortes de custos, além da reprogramação da frota, otimização das rotinas operacionais e escalonamento de reajustes contratuais.

O aumento da demanda do consumidor por veículos usados é outro fator para as locadoras incrementarem a receita. “Houve queda na demanda por veículos novos e crescimento no consumo de seminovos com idade de um a três anos, justamente o perfil que as locadoras disponibilizam ao mercado quando renovam suas frotas. Isto contribuiu muito para a melhoria dos preços médios de vendas e redução da desvalorização”, diz Paniagua Junior, do Sindloc-SP.

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