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Economia

Vendas do comércio varejista registraram alta em abril, mas expectativa é de queda nos próximos meses

Assessoria econômica da FecomercioSP acredita que a greve dos caminhoneiros deve impactar negativamente nos resultados futuros

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Vendas do comércio varejista registraram alta em abril, mas expectativa é de queda nos próximos meses

As vendas de veículos, motos, partes e peças foram as que mais influenciaram para o desempenho positivo do comércio
(Arte: TUTU)

As vendas do varejo ampliado, que considera as vendas de veículos e materiais de construção, cresceram 8,6% em abril de 2018 na comparação com o mesmo mês do ano passado. Ao excluir esses dois setores da conta, a elevação no volume de vendas fica em 0,6%. Os dados integram a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O cálculo foi realizado antes dos reflexos da greve dos caminhoneiros. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) acredita que a paralisação deve impactar negativamente no varejo em maio, principalmente nos segmentos de supermercados e combustíveis.

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Em abril, as vendas de veículos, motos, partes e peças foram as que mais influenciaram para o desempenho positivo do comércio. Na comparação anual, o crescimento foi de 36,5%, e a contribuição para o resultado geral foi de 6,8 pontos porcentuais (p.p.).

A FecomercioSP destaca que esse setor é altamente influenciado pelo mercado de crédito e segundo dados do Banco Central a concessão de crédito para aquisição de veículos subiu 43% em abril em relação ao mesmo mês de 2017. Apesar da variação expressiva, o volume de vendas desse setor está cerca de 25% abaixo do registrado no mesmo mês de 2013, melhor época de vendas da série.

O segundo destaque no mês foi o setor de materiais de construção, que apontou elevação de 15,9% e participação absoluta de 1,4 p.p. no resultado geral. Assim como o setor de veículos, o volume de vendas está abaixo do verificado há 5 anos – 10% menor.

O setor de farmácias e perfumarias também teve bons índices. As vendas do setor cresceram 10,3% na comparação anual e está em seu maior patamar da série histórica. O volume atual de vendas é 18% maior que o de 2013.

O setor básico de consumo, supermercados, ficou estável em abril. No mês anterior, havia mostrado um forte crescimento de 15,4%, puxado pelas vendas na Páscoa. Para essa atividade, o melhor desempenho para o mês foi em 2014, o que coloca o volume atual de vendas 3,7% abaixo do visto naquele período.

No caminho inverso, com retração nas vendas, está o setor de tecidos, vestuário e calçados com o terceiro mês de queda – em abril, a variação anual foi de -7,3%. Comparando com abril de 2013, o patamar atual do segmento é quase 20% inferior.

As vendas de combustíveis e lubrificantes caíram 1,3% e contribuíram negativamente com -0,1 p.p. para o desempenho geral. A FecomercioSP enfatiza que, os preços dos combustíveis têm tido um avanço importante nos últimos 12 meses e nesse caso, o desempenho setorial é deflacionado pelo item específico, por consequência, influencia negativamente no resultado final da atividade.

O desempenho no Estado de São Paulo acompanhou a tendência nacional e apresentou crescimento anual de 10,8%, completando um ciclo de 12 meses de altas consecutivas. As vendas de veículos apontaram elevação de 53,5%. Os setores que diferem do quadro nacional ficaram com combustíveis e lubrificantes (que cresceram 1,5%) e supermercados (que sofreu queda de 1,1%).

Para os próximos meses, a tendência é de arrefecimento. Isso porque em maio do ano passado o ciclo de variações positivas começou, o que deixa a base de comparação mais elevada.

A FecomercioSP, por meio dos seus indicadores de confiança e intenção de consumo, já sinaliza para um consumo mais moderado. Os índices ainda estão acima do verificado há um ano, mas vem registrando recuo nos últimos meses.

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