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Economia

Vendas no varejo paulista crescem 7,3% em abril e atingem R$ 52,9 bilhões

Empresário do varejo deve ficar atento a uma eventual alta inflacionária, que pode prejudicar as vendas

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Vendas no varejo paulista crescem 7,3% em abril e atingem R$ 52,9 bilhões

Segmento de autopeças e acessórios foi um dos que impulsionaram a alta do varejo em abril
(Arte/Tutu)

Em um período de inflação baixa e leve melhora no nível de emprego, as vendas do comércio varejista no Estado de São Paulo cresceram 7,3% em abril em relação ao mesmo mês do ano passado, atingindo R$ 52,9 bilhões. O dado é da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).

As melhores condições econômicas, de acordo com a assessoria técnica da Federação, deixaram os consumidores mais dispostos para compras a crédito, favorecendo as vendas de bens duráveis.

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Apesar do bom momento para vendas, o empresário do comércio varejista deve ficar atento. Em função da paralisação dos caminhoneiros e da alta do dólar provocada pela incerteza no quadro eleitoral, a inflação começou a se elevar em maio. Se esses efeitos durarem pouco, a inflação pode continuar em nível baixo, o que beneficia as vendas pelo menos até o fim deste ano. Por outro lado, se as incertezas na economia continuarem a provocar aumento do dólar por longo período, a inflação tende a crescer, reduzindo o poder de compra do consumidor e obrigando o Banco Central a elevar os juros, o que encarece o crédito. Nesse caso, é possível que as vendas cresçam menos ou até mesmo fiquem estagnadas no decorrer de 2018.

Portanto, como é momento de atenção, devem ser evitados o endividamento e a manutenção de grandes estoques no varejo. A Entidade também aconselha que o empresário gerencie cautelosamente o capital de giro, mantendo o máximo possível de recursos em caixa à disposição.

De todo modo, caso as atuais pressões inflacionárias sejam circunstanciais e temporárias, a Federação trabalha com projeções que apontam para um crescimento anual do varejo paulista ao redor de 5% neste ano.

Outros dados
O faturamento de R$ 52,9 bilhões do comércio varejista foi o maior para meses de abril desde o início da série histórica, em 2008. Com esse resultado, o setor encerrou o primeiro quadrimestre de 2018 com uma alta real de 6,8% nas vendas.

Como vem ocorrendo desde julho de 2017, as vendas do varejo cresceram em todas as 16 regiões do Estado no comparativo anual. Em abril, destaque para as regiões de Campinas (12,9%), Guarulhos (12,5%) e Taubaté (11,4%). Outro dado que evidencia o bom momento do setor é que, das nove atividades que compõem a pesquisa, oito apresentaram crescimento em abril. Os destaques ficaram por conta de concessionárias de veículos (20,8%); lojas de móveis e decoração (19,8%); e autopeças e acessórios (18,2%). Em contrapartida, o único segmento a apresentar retração foi o de supermercados (-4,1%), após alta de 10% em março.

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