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Negócios

Viajante corporativo quer facilidades tecnológicas durante a hospedagem

Hotéis brasileiros devem se preparar para oferecer os itens mais pedidos: tomadas e entradas USB, serviços de streaming e carregadores para laptops e celulares

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Viajante corporativo quer facilidades tecnológicas durante a hospedagem

Maioria das tecnologias mais usadas pelo viajante corporativo brasileiro durante a hospedagem envolve o uso do smartphone
(Arte/TUTU)

Por Jamille Niero

Um estudo recente da Global Business Travel Association (GBTA) relacionou o nível de satisfação dos viajantes a negócios com as tecnologias disponíveis hoje nos meios de hospedagem. As facilidades tecnológicas mais buscadas apontadas pelo levantamento foram mais tomadas e entradas USB (35%), oferta de serviços de streaming como Netflix e HBO (34%), e carregadores para laptops e celulares (32%).

Segundo a presidente do Conselho Executivo de Viagens e Eventos Corporativos (Cevec) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Viviânne Martins, no Brasil os hotéis mais novos e os de redes já são construídos ou se adaptam à esta realidade, investindo em Smart TVs, tomadas modernas com entradas USB, wi-fi velozes e grátis e cartões para abertura de portas e controle, inclusive, em banheiros do lobby.

“Os hotéis estão procurando se adequar rapidamente para atrair o viajante corporativo, que demanda as mesmas tecnologias usadas no mundo, como podemos ver nesta pesquisa. Porém, a mudança depende de novos investimentos e o setor ainda sofre com a crise brasileira”, observa Viviânne.

Apesar disso, algumas redes hoteleiras que operam no mercado brasileiro apostam em algumas novidades tecnológicas para atrair o cliente em 2017. A rede Accor, que possui unidades espalhadas pelo País, implantou recentemente na unidade Pullman Vila Olímpia (São Paulo) um projeto piloto que conta com a abertura de portas de quartos via celular. “Após efetuar a reserva, o cliente tem acesso a um aplicativo que habilita sua entrada, enquanto a reserva estiver ativada”, explica Erwan Le Goff, vice-presidente de Tecnologia de Informação da AccorHotels América do Sul.

De acordo com ele, as tecnologias mais usadas pelo viajante corporativo brasileiro durante a hospedagem envolvem o uso do smartphone. Por meio do dispositivo, o usuário pode fazer o check-in e check-out on-line, além de poder realizar pedidos, como room service e reservas em restaurante. “São serviços que se renovaram com o tempo e otimizam a estadia do hóspede. E claro, para ter todos estes recursos, ele quer ter um wi-fi que atenda às suas necessidades”, ressalta Le Goff.

Entre os principais serviços oferecidos pela companhia que podem ser acessados de forma mais “moderna”, por meio de aplicativo, está o My Web Wallet, que reúne todos os serviços dos hotéis em uma única plataforma (e-concierge, room service, leitura de jornais, pedidos de táxi, solicitação de toalhas, plugs, seleção de músicas do lobby do hotel, agendamento de serviços do spa e reservar ou antecipar os pedidos no restaurante em qualquer uma das refeições).

Tendências
Para Bruno Omori, conselheiro do Cevec e presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (Abih-SP), nos próximos anos a hotelaria brasileira deve apostar em tecnologias que proporcionam novas experiências durante a hospedagem. “Como controle e automação dos equipamentos (cortinas, temperatura, minibar, tv, internet, banheira) com os celulares, a interação completa da programação das atividades do hotel e do destino, assim como a própria comunidade on-line, o check-in antecipado pelos celulares, e a interação dos sistema do hotel com meios de pagamento direto da unidade hoteleira e seus equipamentos interativos”, exemplifica.

Já na opinião de Marcelo Nacle, coordenador de Marketing e Empreendedorismo da Escola de Negócios Master of Business Innovation (MBI), que em parceria com a School of Hotel Administration da Cornell University, dos Estados Unidos, está trazendo para o Brasil o curso de Gestão Estratégica em Hospitalidade, nos próximos anos a hotelaria brasileira vai investir no uso da inteligência artificial.

“Através de Big Data, os hotéis podem trabalhar com os dados de quem já passou ali e gerar programas de comunicação com esses hóspedes usando diversas plataformas. Como exemplo, pode disponibilizar a pesquisa de satisfação, antes feita no papel, na Smart TV do quarto ou na rede do hotel, para quando o hóspede for fazer o check-out eletrônico já opinar por ali”, indica Nacle. Pode ainda unir esses dados as informações como o período de estadia e os serviços que pediu, usando esses registros para personalizar novas ofertas e trazer o hóspede de volta.

Pequenos
Por ter o orçamento menor que o de grandes redes, geralmente, os pequenos empresários do setor devem analisar sua verba antes de optar por quais tecnologias vão oferecer. Considerando esse fator, Viviânne elenca as principais. “Ter minimamente tomadas suficientes, distribuídas em locais estratégicos (perto de apoio para o laptop e na cama). De nada adianta uma bancada de trabalho sem uma tomada próxima, ou ainda iluminação inadequada neste local. Wi-fi veloz é fundamental e também possuir recursos mínimos na TV - se não for possível oferecer um serviço da Netflix, por exemplo - TV a cabo é uma opção básica”, sugere.

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