O trabalho analisa a evolução recente da confiança dos consumidores e empresários paulistanos e propõe um indicador para medir o espírito animal do empresário do comércio. Até o final de 2013, os indicadores de espírito animal de empresas de maior porte e menor porte andaram muito próximos (com o indicador das pequenas empresas em patamar ligeiramente superior).

Desde o início de 2014, quando o comércio começa a sentir mais fortemente a piora no cenário econômico, nota-se um descolamento entre as duas séries. Embora o Índice de Investimento tenha registrado queda em ambos os casos, quando é considerada a piora da avaliação das condições atuais – relativa à avaliação do futuro –, pode-se dizer que o nível de investimento das empresas de menor porte manteve-se relativamente elevado. Ou seja, a disposição para investir, ou o espírito animal do pequeno empresário, desde então, supera o dos grandes empresários do comércio.