Economia
27/09/2019Brasil resolveria problema da pobreza com “mais capitalismo”, diz Yaron Brook
Presidente do Instituto Ayn Rand argumenta que redução do Estado promoveria mais liberdades econômica e social no País
Segundo Yaron Brook, intromissão do Estado na economia impede criação de empregos
(Foto: Christian Parente)
O combate à desigualdade por meio de políticas sociais é falho, e, por isso, o Estado deve reduzir o seu papel para que o capitalismo aflore e permita que os mais pobres tenham melhores condições de vida. Essa é a visão do diretor-executivo do Ayn Rand Institute, Yaron Brook.
Em entrevista ao UM BRASIL, iniciativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), realizada em parceria com o Students For Liberty Brasil, Brook comenta que, para o Brasil resolver o problema da pobreza, “quanto mais rápido seguir para o capitalismo, melhor”.
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“Desigualdade não importa, o que importa é a pobreza. A diferença de renda não importa. Se todos estiverem vivendo melhor, a diferença é irrelevante, não tem consequências nem na economia, nem na sociedade. É preciso se concentrar no problema da pobreza, e, para resolvê-lo, é preciso facilitar o processo de começar e nutrir negócios”, comenta o PhD em Finanças. “Ao se livrar da intromissão do governo, criam-se várias vagas de emprego. É a melhor forma de resolver o problema da pobreza: empregar as pessoas”, complementa.
Ainda especificamente sobre o Brasil, Brook tem uma recomendação para a luta contra a pobreza: “A primeira coisa a se fazer é criar oportunidades econômicas. Uma das coisas que eu faria – que é difícil de se fazer no Brasil, mas necessária – é dar aos pobres direitos patrimoniais. Existem favelas por todo o País. É preciso dar as pessoas a posse da terra. Não se perde nada ao dar a elas essa terra, e isso faz delas donos de algo, o que gera autoestima e capital”, explica.
Defensor de privatizações e do livre-mercado, Brook argumenta que tanto conservadores quanto esquerdistas querem controlar a sociedade de alguma forma – o primeiro grupo, por meio dos valores, e o segundo, ao planificar a economia. Segundo ele, o Estado, ao manter relações com o mercado, promove a corrupção e prejudica a emancipação dos estratos sociais mais vulneráveis.
“Ao analisar os países que tiraram seu povo da pobreza, como Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Singapura, vê-se que foi por meio do capitalismo, não da empatia”, afirma, reforçando seu discurso contra políticas sociais.
Reconhecendo que um choque liberal contundente poderia ser impactante e difícil de ser implementado, o diretor do Ayn Rand Institute elenca algumas ações que o governo brasileiro deveria tomar para seguir em direção ao capitalismo. “É preciso organizar prioridades, e eu priorizaria a privatização e os cortes de regulamentos e de subsídios”, pontua.
Confira a seguir a entrevista na íntegra:

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