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Economia

Ajuste fiscal tende a aumentar desemprego, diz Hélio Zylberstajn

O professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP é um dos palestrantes do evento “O Ajuste Fiscal, Emprego e Produtividade”, que será realizado na FecomercioSP no dia 26

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Ajuste fiscal tende a aumentar desemprego, diz Hélio Zylberstajn

Por Alessandra Jarussi

“Com o ajuste fiscal, o governo reduzirá alguns gastos, principalmente, na área social e aumentará tributos. As duas políticas conspiram contra a produção e o consumo. São medidas recessivas, cujos efeitos se somam à recessão iniciada antes mesmo do anúncio do ajuste”. A afirmação é de Hélio Zylberstajn, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP. Ele é um dos palestrantes do evento “O Ajuste Fiscal, Emprego e Produtividade”, que será realizado na FecomercioSP, no dia 26 de junho, das 8h30 às 13h30.

Além do ajuste fiscal, o governo pratica um ajuste monetário, com elevações sucessivas da taxa básica de juros. “Novamente, isso vai contra a produção e o consumo. Ou seja, o conjunto da obra do ajuste não ajuda em nada o emprego. Pelo contrário, tende a provocar demissões e a aumentar significativamente a taxa de desemprego”, avalia Hélio Zylberstajn.

Ele explica que, em uma situação de recessão, a rotatividade e a produtividade caem. “Os demitidos não são substituídos e os que têm trabalho não têm nenhum incentivo para sair e procurar um emprego melhor. Por fim, a queda na produção tende a ser maior que a queda no emprego, pelo menos no início”, diz o professor.

Diante desse cenário, Hélio Zylberstajn espera que “a crise consiga produzir um novo padrão de diálogo entre os diversos segmentos da sociedade” para que o País possa reverter o quadro negativo em pouco tempo e ainda sair fortalecido.

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