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Economia

Apesar de alta na intenção de consumo das famílias, vendas devem manter ritmo fraco nos próximos meses

Empresário deve equilibrar o estoque para os próximos meses e oferecer vantagens, descontos e facilidades de pagamentos para atrair o consumidor

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Apesar de alta na intenção de consumo das famílias, vendas devem manter ritmo fraco nos próximos meses

Atualmente, 40% dos entrevistados dizem que a população em geral e sua família devem gastar menos nos próximos meses
(Arte: TUTU)

A intenção de consumo das famílias no município de São Paulo começa a mostrar recuperação da satisfação dos clientes após o período da greve dos caminhoneiros em maio e junho. Apesar de a intenção de consumo das famílias ter registrado dois aumentos seguidos, em agosto e setembro, ainda não há como apontar uma perspectiva extremamente positiva, e o empresário deve equilibrar o estoque para o ritmo possivelmente fraco de vendas nos próximos meses.

Os dados mais recentes do Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), mostram que em setembro houve crescimento de 1,1%, na comparação mensal. O indicador que atingiu 87,5 pontos no mês é apurado mensalmente e varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100, satisfação em relação às condições de consumo.

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Dos sete itens analisados, seis apontaram aumento em relação a agosto. A maior variação foi do item Perspectiva de Consumo que cresceu 3% e registrou 88,3 pontos em setembro. Atualmente, 40% dos entrevistados dizem que a população em geral e sua família devem gastar menos nos próximos meses.

Embora as famílias paulistanas tenham melhorado a sua percepção com o futuro, no curto prazo, porém, os gastos ainda estão bem contidos e deve-se oferecer vantagens, descontos e facilidades de pagamentos para atrair o consumidor.

O item Nível de Consumo Atual permaneceu tecnicamente estável em relação a agosto, com 60,3 pontos, sendo o item com pior avaliação do ICF no mês. Ainda há uma maioria (55%) que respondem que estão comprando menos do que há um ano.

Outro item que está se recuperando é o Momento para Duráveis. Em setembro, houve alta de 2,4% no contraponto mensal, passando para 60,7 pontos. De acordo com o ICF, 66,5% dos entrevistados dizem que é um mau momento para aquisição de bens duráveis, como geladeira, fogão, TV, etc.

O item Renda Atual que passou alguns meses do início deste ano no patamar de satisfação, acima dos 100 pontos, voltou a registrar alta após duas quedas consecutivas. Em setembro, houve aumento de 1,2% na comparação com agosto e o índice atingiu 95,6 pontos.

Os únicos itens que estão acima dos 100 pontos, ou seja, no nível de satisfação são os ligados ao emprego. As pontuações estão muito próximas, com 110,2 pontos para o Emprego Atual e 111,8 pontos para Perspectiva Profissional, alta de 1,3% e 2,1%, respectivamente.

O item Acesso a Crédito registrou queda de 2,4%, pois o sistema financeiro torna cada vez mais seleto o fornecimento de crédito devido ao alto desemprego e a dificuldade de capacidade de pagamento das famílias. Em setembro, esse indicador atingiu 85,6 pontos. No total, 43% das famílias afirmaram encontrar dificuldades na obtenção de financiamento para compras a prazo. A FecomercioSP acredita que esse indicador seguirá um ciclo de expansão de forma mais sustentada apenas quando o mercado de trabalho melhorar.

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