O aumento de 0,50 p.p. na taxa básica de juros, Selic, para 10,50% é avaliado como positivo pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A entidade acredita que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, foi correta e a melhor dentre as opções da autoridade para combater a deterioração da política fiscal nos últimos anos.

"Apesar da queda da confiança dos consumidores e dos empresários nos últimos meses, da redução do ritmo econômico e do consumo, e a despeito do aumento de custos da dívida pública, que vai exigir um superávit primário ainda maior e provavelmente inalcançável neste ano, o Banco Central agiu com cautela e acertadamente elevou a taxa Selic para 10,50% ao ano", analisa Fábio Pina, assessor econômico da FecomercioSP.

O aumento da taxa Selic reflete na elevação de R$ 10 bilhões por ano nos gastos com juros da dívida pública. Para 2014, a federação estima que será necessário um esforço fiscal adicional de R$ 25 bilhões para conter a expansão da dívida total, considerado o superávit primário insuficiente de 2013. Quanto à inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a FecomercioSP acredita que a taxa mensal precisa estar entre 0,35% e 0,40% para ficar no centro da meta, menos da metade do registrado em dezembro, de 0,92%. O IPCA encerrou 2013 aos 5,91%