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Economia

Baixa produtividade é reflexo da falta de investimento em educação

País ocupa a 81ª posição no ranking que mede o desempenho da produtividade no mundo

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Baixa produtividade é reflexo da falta de investimento em educação

O Brasil ocupa a 81ª posição no ranking que mede o desempenho da produtividade em todo o mundo, segundo dados da The Conference Board. A produtividade média do trabalhador brasileiro equivale a 18,7% do americano, o que significa dizer que no Brasil demora-se cinco dias para produzir o mesmo que nos Estados Unidos levaria um dia.

Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que enquanto no Brasil a produtividade é de US$ 17 mil por trabalhador ao ano, nos países mais produtivos essa relação chega a US$ 70 mil por trabalhador/ano.

O fraco desempenho nacional, segundo o relatório, é reflexo da falta de investimento e da qualidade do ensino público. Na comparação com os demais emergentes, o Brasil ainda não cumpriu um objetivo fundamental: a reforma na educação. A principal aposta do governo para melhorar o ensino viria dos recursos obtidos pela exploração do pré-sal, mas do montante inicial de R$ 6,7 bilhões, previsto pelo Ministério da Educação, as receitas somaram, por enquanto, apenas R$ 2,9 bilhões.

“No Brasil, a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) foi exatamente nesse sentido, mas apenas essa iniciativa não dá conta de abastecer a indústria. Ainda temos um ensino muito generalista”, diz o gerente de pesquisa e competitividade da CNI, Renato da Fonseca.

Para o professor de economia do Ibmec, Waldery Rodrigues Júnior, fatores da conjuntura macroeconômica impedem o crescimento da produtividade brasileira. “Funcionam como sintomas do mau desempenho econômico a inflação, a taxa de câmbio, a taxa de juros, com tendência de alta, e o crescimento dos salários, que superou em muito os ganhos de produção”, explica.

A melhora no ritmo da produtividade, porém, não é um indicador a ser alcançado no curto prazo. Além do ambiente de negócios, a capacitação, a inovação e o uso de tecnologias foram elementos fundamentais para outros países conquistarem ganhos no ritmo de produção.

A indústria, um dos setores que mais movimenta a economia e que mais gera empregos no País, é uma das atividades que mais sofre prejuízo. Para a economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Juliana Serapio, um dos caminhos para reverter esse cenário seria a parceria com a iniciativa privada. “O Brasil não aproveitou o momento em que poderia ter dado um grande salto. Agora, é hora de ajustar a economia e terminar a lição de casa”.

Políticas setoriais, parque tecnológico e reequilíbrio econômico são temas discutidos. Veja aqui a matéria na íntegra, publicada na edição 31 da revista Conselhos.    

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