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Imprensa

Belo Horizonte é a capital com a menor proporção de famílias endividadas no País, onde 24% das famílias estavam nessa situação ao fim de 2016

Segundo estudo da FecomercioSP, capital mineira também se destaca no quesito “inadimplência”, já que apenas 9% das famílias encerraram 2016 com contas em atraso, a segunda menor proporção entre as 27 capitais

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São Paulo, 02 de outubro de 2017 – Durante a maior crise econômica da história do Brasil, a proporção de famílias endividadas em duas capitais da Região Sudeste caiu significativamente entre 2015 e 2016. Em Belo Horizonte/MG, a parcela de famílias que declararam ter algum tipo de dívida passou de 46% em dezembro de 2015 para 24% ao fim de 2016, a menor taxa entre as 27 capitais brasileiras. No Rio de Janeiro/RJ, essa proporção passou de 67% para 52% no mesmo período, uma redução de 15 pontos porcentuais (p.p.). Vitória/ES (68%) foi a única capital da Região Sudeste a registrar taxa de endividamento acima da média brasileira (57%), enquanto São Paulo encerrou 2016 com 52% das famílias endividadas, a quinta menor proporção entre todas as capitais.

Os dados compõem a sétima edição da Radiografia do Endividamento das Famílias Brasileiras, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O estudo avalia principais aspectos, dimensões e efeitos sobre as famílias da política de crédito no Brasil entre 2014 e 2016, período particularmente turbulento tanto no campo político quanto no econômico. A análise foi feita com base em informações do Banco Central do Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Em relação às famílias com dívidas em atraso, mais uma vez a capital mineira se destacou, pois, além de apresentar a segunda menor proporção de famílias inadimplentes no ranking nacional, foi a única capital do Sudeste que apontou retração nessa taxa entre 2014, ano em que os sinais da crise ficaram mais evidentes, e 2016 passando de 19% para 9%. Nesse mesmo período comparativo, essa proporção subiu de 21% para 25% no Rio de Janeiro/RJ, e de 21% para 32% em Vitória/ES. Apesar do aumento de 11% para 18% observado em São Paulo, a capital paulista permaneceu abaixo da média nacional de famílias com contas em atraso (23%) em dezembro de 2016.

No quesito “valor médio de dívida por família”, a capital paulista se sobressaiu, com a terceira maior cifra (R$ 2.111) entre todas as capitais do Brasil, R$ 334 acima da média nacional (R$ 1.777, em 2016). A capital capixaba também registrou valor acima da média brasileira (R$ 1.824). Já Belo Horizonte/MG (R$ 1.794) e Rio de Janeiro/RJ (R$ 1.731) encerraram o ano um pouco abaixo desse patamar.

Na Região Sudeste, Rio de Janeiro/RJ (31%), São Paulo/SP (29%) e Belo Horizonte/MG (28%) apresentaram um nível de comprometimento da renda com dívidas em torno de 30%, patamar considerado adequado pela Entidade para não sinalizar risco de elevação da inadimplência. Já Vitória/ES (26%) apresentou alta de 4 pontos porcentuais entre dezembro de 2015 e 2016, mas ainda permaneceu abaixo da média das capitais (30%).

Para a assessoria econômica da FecomercioSP, a conjunção de crise econômica e aumento das incertezas, além da maior seletividade do sistema financeiro e das altas taxas de juros, levaram as famílias a reduzir fortemente a tomada de crédito, comprometendo o seu consumo de bens duráveis, principalmente, e gerando uma das maiores recessões de vendas na história do comércio varejista. Nesses dois últimos anos, enquanto as operações de crédito no Brasil encolheram 12,2% em termos reais, as taxas médias de juros anuais cresceram 23,1 pontos. Ainda assim, por concentrar a maior renda média do País e grande oferta de crédito, a Região Sudeste mantém alta taxa de endividamento e elevado valor médio da dívida das famílias com relação às demais regiões do Brasil.

Ranking Região Sudeste (2016)

1 – Número de famílias endividadas (porcentual)

Vitória/ES – 81.690 (68%)

Rio de Janeiro/RJ – 1.167.089 (52%)

São Paulo/SP – 2.008.394 (52%)

Belo Horizonte/MG – 194.963 (24%)

Total das capitais – 8.868.963 (57%)

2 – Parcela da renda mensal comprometida com dívidas

Rio de Janeiro/RJ – 31%

São Paulo/SP – 29%

Belo Horizonte/MG – 28%

Vitória/ES – 26%

Média nacional – 30%

3 – Valor médio mensal de dívidas por família

São Paulo/SP – R$ 2.111

Vitória/ES – R$ 1.824

Belo Horizonte/MG – R$ 1.794

Rio de Janeiro/RJ – R$ 1.731

Média nacional – R$ 1.777

4 – Porcentual de famílias com dívidas em atraso

Vitória/ES – 32%

Rio de Janeiro/RJ – 25%

São Paulo/SP – 18%

Belo Horizonte/MG – 9%

Média nacional – 23%

5 – Variáveis de crédito

Número de famílias

São Paulo/SP – 3.871.525

Rio de Janeiro/RJ – 2.242.585

Belo Horizonte/MG – 815.212

Vitória/ES – 120.514

Total das capitais – 15.490.539

Renda média (R$)

Vitória/ES – 6.925

Belo Horizonte/MG – 6.424

São Paulo/SP – 7.405

Rio de Janeiro/RJ – 5.597

Média das capitais – 5.859

Massa de rendimentos (R$ mil)

São Paulo/SP – 28.670.508

Rio de Janeiro/RJ – 12.552.200

Belo Horizonte/MG – 5.237.049

Vitória/ES – 834.595

Total das capitais – 90.756.900

Participação da massa de rendimentos no total Brasil (%)

São Paulo/SP – 11,2%

Rio de Janeiro/RJ – 4,9%

Belo Horizonte/MG – 2%

Vitória/ES – 0,3%

Total das capitais – 35,3%

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