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Economia

“Bitcoin pode exercer função de moeda no futuro”, diz Fernando Ulrich

Para especialista em criptomoedas do Grupo XP, importância do ativo deve crescer seguindo os passos da consolidação da internet

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“Bitcoin pode exercer função de moeda no futuro”, diz Fernando Ulrich

Segundo Fernando Ulrich, bitcoin é a peça que faltava no ambiente digital
(Foto: Christian Parente) 

Embora cada vez mais conhecido, o bitcoin ainda é um ativo cuja procura se restringe a poucos investidores, muito em função da sua volatilidade de preço. Contudo, a moeda virtual reserva oportunidades para quem entendê-la, e sua importância tende a crescer de uma maneira semelhante à da internet em todo o mundo. Essa é a avaliação do especialista em criptomoedas e blockchain do Grupo XP, Fernando Ulrich.

De acordo com ele, quem olhar para o bitcoin sob uma ótica financeira não pode ignorar suas particularidades. “Como é algo muito novo, a volatilidade de preço é muito relevante. Tem que saber que é um ativo como outro qualquer, porém, com um perfil de risco um pouco maior. Então, tem que saber que não se deve aplicar capital de curto prazo ou poupança. Bitcoin não tem rendimento, o preço oscila”, afirma Ulrich, em entrevista ao UM BRASIL, realizada em parceria com a Expert XP 2018.

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Para o mestre em Economia pela Universidade Rey Juan Carlos (URJC), o bitcoin, hoje, está em um estágio semelhante ao da internet em 1995, quando ainda não se previa as oportunidades que a rede mundial de computadores ofereceria ao mundo.

“Naquela época, internet era sinônimo de e-mail. Hoje, a internet é a espinha dorsal da economia mundial”, reforça Ulrich. “Quando olhamos o mundo digital, o bitcoin é a peça que faltava. As principais empresas em valor de mercado na atualidade geram riqueza digital, como o Google e o Facebook. A única coisa que não tínhamos ainda era uma moeda digital. Acho que o bitcoin pode exercer esse papel no futuro, talvez com a sua crescente adoção, mais liquidez entrando no sistema e mais pessoas percebendo esses atributos”, completa.

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O especialista do Grupo XP não considera, na atualidade, o ativo uma moeda como as tradicionais, porque “é muito pouco usada em transações comerciais”, e nenhum país precifica seus bens e serviços em relação a unidades de bitcoins. Segundo ele, a moeda virtual, embora intangível, tem “um papel semelhante ao que o ouro desempenhou ao longo dos séculos”, tendo sua segurança assegurada em um livro contábil acessível a todos os portadores do ativo chamado blockchain.

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De qualquer forma, Ulrich diz que a criptomoeda está caminhando para ser aceita em mais operações de comércio eletrônico. “Grande debate e foco de estudos de economistas é entender a evolução que pode ter um ativo como o bitcoin. A pergunta é: pode vir a ser moeda, ser mais moeda do que é hoje ou ser mais usada em transações? Acredito que sim, porque, quando olhamos o mundo digital, é a única peça que faltava”, frisa.

Confira a seguir a entrevista na íntegra:

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