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Economia

Brasil precisa de debate honesto sobre corte de gastos, diz economista

Thomas Trebat, diretor do Columbia Global Center Latin America, fala sobre programas sociais e carga tributária em série produzida pela FecomercioSP

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Brasil precisa de debate honesto sobre corte de gastos, diz economista

Por Alessandra Jarussi

“Falta no Brasil um debate honesto sobre o que o País pode deixar de gastar”. A afirmação é do diretor do Columbia Global Center Latin America, Thomas Trebat, um dos entrevistados pelo jornalista Adalberto Piotto em documentário gravado nos Estados Unidos, no início do ano, pela FecomercioSP.

“É preciso olhar mais para a sociedade do que para os governantes. A carga tributária nada mais é do que a outra face da moeda, que é a demanda por serviços do Estado. O povo espera serviços nas áreas de educação, saúde, infraestrutura, emprego. Acho que o debate sobre carga tributária envolve a sociedade refletir e dizer que, se a carga tributária tem que ser diminuída – e tem que ser –, quais serviços podem ser dispensados. Por exemplo, são necessários 39 ministérios? Se não, por que existem?”, indaga o economista.

Segundo ele, o Estado brasileiro tem obrigações demais, que poderiam ser assumidas pelo mercado. “A princípio, poucos contestam essa afirmação, mas quando se fala nos serviços que a pessoa consome, ela vai contra. Um exemplo é o programa Bolsa Família. Quem não recebe acha que é dinheiro dado em troca de nada. Eu, como economista, vejo as evidências empíricas, o gasto, o resultado e concluo que programas como esse são razoáveis e têm um alto retorno social e econômico. No entanto, o debate aqui é muito envenenado. A classe média alta se opõe, mas o que beneficia essa classe, como acesso gratuito a universidades, subsídios, pensões, emprego público, eles não querem cortar de jeito nenhum”, aponta.

A TV Folha exibe até junho uma série com 13 entrevistas, que constam do documentário. Assista, aqui, à entrevista com Thomas Trebat, divulgada pela TV Folha.

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