O mercado de trabalho — principal indicador da saúde da economia brasileira neste ano — está começando a desacelerar. Para o Conselho Superior de Economia, Sociologia e Política (CSESP) da FecomercioSP, trata-se de um efeito significativo da perda de ritmo do País no segundo semestre.

O conselho publicou sua Carta de Conjuntura nesta quinta-feira (30). Para acessá-la, basta clicar aqui.

De um lado, a taxa de desemprego segue em níveis historicamente baixos. No trimestre encerrado em agosto, ela estava em 5,6%, a menor da série histórica iniciada em 2012. 

Por outro lado, porém, tem acontecido uma queda na oferta de empregos. A força laboral brasileira cresceu apenas 0,8% entre 2023 e 2025, ante uma média de elevação de 1,2% nos anos anteriores, por exemplo. Isso se tornou mais célere agora.

Não é à toa que o saldo de vagas para o último trimestre de 2025 será menor do que o de 2024. A projeção é que cerca de 15 mil novos postos de trabalho sejam criados entre outubro e dezembro no varejo do Estado de São Paulo. Isso representa uma queda em relação aos 20 mil que foram abertos no mesmo período do ano passado. 

Isso vai acontecer, segundo os cálculos, porque embora o número de vagas deva crescer entre 2% e 3% na comparação ao último trimestre de 2024, demissões vão se elevar, da mesma forma, para além da média do ano passado: entre 4% e 5%.

A Carta de Conjuntura do CSESP ainda explora a desvalorização do dólar ante moedas globais, as incertezas do contexto dos Estados Unidos e os dados cambiantes da economia chinesa.