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Editorial

“Choro com ‘Amor Profano’ desde a primeira leitura”, revela Viviane Pasmanter

Atriz conta que conheceu o texto há aproximadamente dez anos e que decidiu levá-lo aos palcos ao voltar a fazer teatro em São Paulo

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“Choro com ‘Amor Profano’ desde a primeira leitura”, revela Viviane Pasmanter

Viviane Pasmanter foi a responsável por montar a equipe por trás da versão brasileira de Amor Profano
(Arte/Tutu sobre foto de Priscila Prade/divulgação)

Por Eduardo Vasconcelos

Antes de ganhar os palcos, a versão brasileira da peça Amor Profano, em cartaz no Teatro Raul Cortez, na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), permaneceu longos anos como um desejo intocado de Viviane Pasmanter, protagonista da montagem ao lado do ator Marcello Airoldi.

A atriz conta que conheceu o texto quando foi convidada para uma leitura, há aproximadamente dez anos, mas o projeto acabou não vingando. Desde então, a obra do dramaturgo israelense Motti Lerner, sobre um casal que se reencontra 20 após a separação em função de divergências religiosas, não lhe saiu da cabeça e, ao vir para São Paulo para fazer teatro, não teve dúvidas sobre qual peça estrelaria.

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“Não foi uma coisa analítica, o texto simplesmente pegou. Eu o li e nunca consegui esquecê-lo. Quando a gente começou a ensaiar, aprofundar-se, fazer as pesquisas, fui percebendo o que ele estava falando comigo e ainda estou descobrindo”, comenta Viviane. “É uma coisa muito doida. Eu não sou de emoção muito fácil, mas esse texto me fez chorar da primeira leitura até todos os ensaios e apresentações. Eu me emociono muito.”

Amor Profano se passa quando o ex-judeu escritor Zvi visita Hannah em Mea Shearim, bairro de Jerusalém conhecido por ser reduto de famílias que seguem uma corrente ultraortodoxa do judaísmo. O casamento deles terminou quando Zvi decidiu renunciar à religião, a qual ainda é mantida por Hannah. Apesar de pendências entre eles, o motivo do reencontro é o fato de o filho de Zvi, que não segue os costumes religiosos, cortejar a filha de Hannah.

O enredo é inspirado na vida do próprio autor, Motti Lerner, que, mesmo criado em família secular, viveu em Mea Shearim e teve uma namorada que, ao participar de um grupo que desejava voltar a seguir a religião, deixou-o abruptamente.

“Acho que a peça fala muito do ser humano, da dificuldade de aceitar as diferenças, sejam elas quais forem. Todo mundo tem seus preconceitos”, comenta Viviane.

Ela revela que escolheu os parceiros de peça um a um. Inicialmente, conseguiu o apoio da produtora Morente Forte e, em seguida, uma resposta positiva da diretora Einat Falbel. Por fim, convidou Marcello Airoldi, com que nunca havia trabalhado, para contracenar.

Para a atriz, um ponto forte da montagem é a trilha sonora composta pela cantora Fortuna, de quem se diz fã. “Escuto a música dela há anos. Então, liguei para ela, não a conhecia, e disse: ‘Você topa fazer a trilha da peça?’. Ela leu o texto e amou, entrou de cabeça no projeto. É um privilégio ter uma trilha sonora da Fortuna”, salienta.

O espetáculo fica em cartaz no Teatro Raul Cortez até 24 de fevereiro, com apresentações às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro – de terça a quinta, das 15h às 20h, e de sexta a domingo, das 15h até o início da peça – ou pelo site Ingresso Rápido. A classificação é de 12 anos.

Serviço
Temporada: até 24 de fevereiro.
Sextas e sábados, às 21h; domingos, às 19h.
Teatro Raul Cortez – Rua Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista, São Paulo/SP.

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