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Imprensa

Com faturamento em queda, turismo paulistano segue longe da retomada, mostram FecomercioSP e SPTuris

Dados do novo indicador da Federação e da empresa mostram que setor ainda não cresceu em 2021; queda de abril foi puxada por restrições de circulação

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Com quedas contínuas no faturamento, nos empregos e no movimento de passageiros nos principais terminais, o turismo paulistano segue impactado expressivamente pela pandemia. Isso se reflete no Índice Mensal de Atividade do Turismo (IMAT-SP), elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e pelo Observatório de Turismo e Eventos da São Paulo Turismo (SPTuris), que caiu 6,3% em relação a março, fechando o mês em 38,9.

Os números sustentam uma realidade turbulenta: beirando os piores momentos de 2020, o turismo da cidade de São Paulo ainda não cresceu em 2021.

A maior retração do indicador veio do faturamento dos agentes do setor, que foi de 17,4% em abril (número-índice de 20,5). Depois, o pior resultado foi da movimentação de aeroportos, que caiu 15,1% em comparação a março (21,8). Já as chegadas em rodoviárias caíram 7,6% (23,9).

Para a Federação e a empresa, os números da pesquisa expressam um momento em que a cidade estava sob fortes restrições de circulação impostas pelo Plano São Paulo, do governo estadual. Com isso, o turismo – tão dependente do movimento de pessoas – foi mais impactado. Não à toa, a taxa de ocupação hoteleira na cidade caiu 7,9% no mês.

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O IMAT-SP foi criado pela FecomercioSP e pela SPTuris para ser um termômetro do turismo em São Paulo, levando em consideração tanto as atividades dos empresários do setor quanto dos consumidores. A ideia é que ele seja usado, sobretudo, para que as empresas, que atuam com atividades turísticas na cidade, tenham mais um insumo para elaborar o seu planejamento.

Pela série histórica, iniciada em janeiro de 2020, o melhor momento do turismo paulistano, desde o início da pandemia, foi em dezembro, quando estava com número-índice 58,9. Dali em diante, não parou mais de cair: 58,6 em janeiro deste ano; 50,7 em fevereiro, 41,5 em março e 39,8 agora.

Setor espera por avanço da vacinação
Com um nível de atividade 60% mais baixo do que antes da pandemia, o turismo paulistano aposta suas fichas no avanço da vacinação. É ela que fará com que mais gente demande produtos turísticos, como eventos, compras e gastronomia, transformando a cidade novamente em um polo do turismo nacional.

Apesar disso, é significativo como os empresários do setor estão preservando o maior número de empregos possível, vislumbrando o cenário de melhora que se avizinha conforme a imunização avança. Antes, porém, o afrouxamento das medidas de isolamento já deve exercer impacto positivo sobre o setor – que será melhor visualizado nos dados de maio.

Nota metodológica
O indicador é composto por cinco variáveis que têm os mesmos pesos para a criação do índice. São analisadas as movimentações de passageiros dos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, assim como dos passageiros das rodoviárias, a taxa média de ocupação hoteleira na cidade, o faturamento do setor do turismo na capital e o estoque de emprego nas atividades exclusivas do turismo. O índice tem sua base no número cem, usada como referência de comparação em janeiro de 2020. Ele pode sofrer mudanças mensais por conta dos dados que compõem o cálculo, com a saída de projeções e a entrada de números consolidados na série.

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