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Editorial

Comércio varejista na região de Guarulhos elimina 212 empregos em maio, aponta FecomercioSP

Setor de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-10,7%) teve o pior desempenho no comparativo anual

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São Paulo, 27 de julho de 2016– Em maio, o comércio varejista na região de Guarulhos fechou 212 postos de trabalho, resultado de 3.852 admissões contra 4.064 desligamentos. Em 12 meses, foram eliminados 4.031 empregos com carteira assinada, o que representa um recuo, na comparação com maio de 2015, de 3,8% do estoque total, que atingiu 102.847 trabalhadores formais. 

As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaboradas com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). 

Das nove atividades pesquisadas, apenas o setor de farmácias e perfumarias (3,7%) apresentou crescimento na ocupação formal na comparação com o mesmo mês de 2015. Os maiores recuos foram observados nos segmentos de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-10,7%), de materiais de construção (-7,8%) e de lojas de móveis e decoração (-7,7%).

 tabela-pespvarejoguarulhos-maio2016Desempenho estadual 

Em maio, o comércio varejista no Estado de São Paulo extinguiu 3.730 empregos com carteira assinada, saldo de 70.656 admissões e 74.386 desligamentos, o pior resultado para o mês desde o início da série histórica em 2007. Com isso, o estoque ativo de trabalhadores do varejo paulista atingiu a marca de 2.069.041, redução de 3,5% em relação a maio de 2015 – mesma taxa registrada na comparação entre abril de 2015 e de 2016, o que parece ser um sinal de que o quadro parou de piorar. 

Nos cinco primeiros meses do ano, foram quase 61 mil empregos perdidos. Vale ressaltar que, no mesmo período de 2015, o saldo estava no negativo em 45.290. Considerando o acumulado de doze meses, são 76.139 empregos formais extintos.  

Das nove atividades pesquisadas, apenas o estoque de trabalhadores do segmento de farmácias e perfumarias (2,3%) cresceu em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os destaques negativos foram registrados nos setores de lojas de móveis e decoração (-8,5%), concessionárias de veículos (-8,3%) e eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-8,3%). O segmento de supermercados apresentou estabilidade. 

Em relação aos dados por ocupações, as funções que registraram as maiores perdas foram as de gerentes de apoio, com a eliminação de 567 postos. A segunda maior redução ocorreu com os escriturários, com a perda de 461 empregos, seguidos pelos gerentes de produção e operações (-428 vagas). 

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o quadro ainda é grave, já que o número de empregos no setor atingiu o menor patamar desde março de 2012. Entretanto, o fato de a taxa de retração do estoque de empregos no comparativo anual ter permanecido em 3,5% nos meses de abril e maio pode indicar que o mercado de trabalho varejista no Estado passa por um momento de inflexão na sua movimentação de vagas. Por mais que o processo seja lento, esse talvez seja o primeiro sinal de que é possível que o varejo pare de registrar saldos negativos tão elevados. 

Essa perspectiva se baseia também na melhora dos indicadores de confiança, tanto de consumidores quanto de empresários, e na melhora das vendas no segundo semestre deste ano. Vale ressaltar que a Entidade revisou suas projeções de faturamento do varejo paulista em 2016, passando de uma queda de 5% para a estabilidade.   

Nota metodológica

A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP) analisa o nível de emprego do comércio varejista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e nove atividades do varejo: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento; materiais de construção; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecido e calçados; supermercados e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

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