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Editorial

Comércio varejista na região do Litoral cresce 1,3% e registra o melhor desempenho do Estado em novembro

Segundo a FecomercioSP, setor de supermercados, com alta de 24%, foi fundamental para o resultado positivo na região

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São Paulo, 25 de fevereiro de 2016 – Em novembro, o comércio varejista na região do Litoral registrou o melhor desempenho do Estado, com alta de 1,3% nas vendas na comparação com o mesmo mês de 2014. O faturamento real atingiu R$ 1,8 bilhão no mês. No acumulado do ano, entretanto, o varejo mostrou retração de 2,2%, o que representou uma perda de quase R$ 400 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP). 

Entre os nove segmentos analisados na pesquisa, o setor de supermercados foi fundamental para o crescimento das vendas em novembro, com alta anual de 24% – e por ter o maior faturamento (R$ 795 milhões), contribuiu com 8,8 pontos porcentuais para o resultado geral. O segmento de farmácias e perfumarias (5,3%, com colaboração de 0,5 p.p.) também foi importante para o resultado positivo na região. 

No sentido oposto, seis setores apresentaram queda, sendo a mais significativa observada no setor de concessionárias de veículos (- 19,1% e impacto de -2,2 p.p.). Na sequência, veio o segmento de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos, que apresentou maior recuo em termos de variação (-21,5% e contribuição de -1,7 p.p. para o resultado geral).

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, apesar do desempenho positivo registrado em novembro ter interrompido uma sequência de sete quedas consecutivas, não deve ser visto como uma recuperação do cenário. O crescimento do varejo local se deu pela alta do segmento de supermercados, caso contrário, o comércio amargaria uma queda de 7,5%.

A Federação reforça ainda que, apesar do avanço no mês, a tendência é de recuo nos setores de bens duráveis e semiduráveis, que deve ser amenizada pelo bom desempenho das vendas dos segmentos que comercializam bens básicos, como supermercados e farmácias e perfumarias.

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Desempenho estadual

O faturamento realdo comercio varejista do Estado de São Paulo atingiu R$ 46,8 bilhões em novembro, queda de 10,1% na comparação com o mesmo mês de 2014 e R$ 5,3 bilhões abaixo do valor alcançado em novembro de 2014. Este foi o menor faturamento  para o mês desde 2009. Já no acumulado dos 11 meses de 2015, o varejo paulista obteve retração de 6,5%, o que representa uma redução de R$ 34,2 bilhões nas vendas. 

De acordo com a Federação, entre as 16 regiões analisadas, apenas o comércio varejista da região do Litoral paulista mostrou resultado positivo em novembro (1,3%), enquanto as demais apresentaram recuo em suas vendas. 

Sete das nove atividades analisadas apresentaram quedas expressivas em novembro, das quais quatro delas acima de 15%: concessionárias de veículos (-23,7%), materiais de construção (-20,6%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-17,6%) e outras atividades (-15,6%). Somados, os quatro segmentos contribuíram negativamente para a retração geral com 9,8 pontos porcentuais. Por outro lado, os setores de supermercados (3,5% e colaboração no resultado geral de 1 ponto porcentual) e de farmácias e perfumarias (0,7%, sem contribuição significativa) foram os únicos que não recuaram.  

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, além das baixas observadas no mês, o fraco desempenho dos setores de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos (-11,2%) foi um forte indício de que nem mesmo as vendas promocionais da Black Fridayde 2015 conseguiram impedir a forte redução das vendas do segmento. 

Expectativa

De acordo com a Entidade, o resultado de novembro reafirmou o mau momento que o comércio varejista no Estado de São Paulo vive. Os baixos desempenhos confirmam a tendência de queda para o fechamento do ano, que terá retração de até 6% inferior ao observado em 2014, influenciada pela forte deterioração dos indicadores econômicos, como PIB, emprego, renda, crédito, déficit fiscal, alta da inflação, câmbio e juros.  Para dezembro de 2015, a expectativa é uma baixa de 4% no faturamento real. 

A FecomercioSP aponta que a retomada do crescimento das vendas varejistas é improvável a médio prazo e afirma que em 2016 poderá se consolidar a maior crise já vivida pelo comércio paulista, com retrações expressivas das atividades sem sinais de arrefecimento, dando continuidade a um cenário de desalento e baixas perspectivas. 

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). 

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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