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Imprensa

Confiança do consumidor paulistano sobe 3,2% após duas quedas consecutivas

Segundo a FecomercioSP, alta foi motivada pela melhora das expectativas em relação ao futuro, mas as incertezas do período pré-eleitoral devem afetar o indicador nos próximos meses

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São Paulo, 24 de maio de 2018 – Após duas quedas consecutivas, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do município de São Paulo registrou alta de 3,2%, ao passar de 109,9 pontos em abril para 113,5 pontos em maio. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a elevação foi de 9,7%. O ICC é elaborado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), e a escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).

Os dois quesitos que compõem o indicador tiveram trajetórias opostas. O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) caiu 1,6%, passando de 85,2 pontos em abril, para 83,8 pontos em maio. No comparativo com o mesmo mês de 2017, a alta foi de 26,1%. O Índice das Expectativas do Consumidor (IEC) subiu 5,4%, ao passar de 126,4 pontos no mês passado para 133,3 pontos em maio, enquanto que na comparação anual, avançou 4%.

A assessoria econômica da Federação ressalta que entre o fim de cada ano e o primeiro bimestre do ano seguinte, os consumidores normalmente apresentam uma certa dose de otimismo, principalmente em relação às condições econômicas atuais, uma vez que os efeitos positivos dos recursos do décimo terceiro salário e do reajuste do mínimo são sentidos. Passado esse período, há um ajuste para baixo na percepção dos consumidores, captada pelo ICEA, que caiu pelo terceiro mês consecutivo.

Gênero e faixa etária
Apenas as mulheres e pessoas com mais de 35 anos registraram aumento da confiança em relação ao momento econômico atual na passagem de abril para maio. No caso delas, o ICEA cresceu 4,5%, passando de 75,4 para 78,8 pontos. Para os maiores de 35 anos, a elevação foi de 2%, passando de 70,8 pontos, em abril para 72,2 neste mês.

Em relação ao IEC, todas as segmentações registraram alta, com destaque para o grupo com idade inferior a 35 anos, com crescimento de 7,3%, ao passar de 127,5 pontos em abril para 136,8 pontos em maio. Na segmentação por gênero, o grupo dos homens também se destacou, com a elevação de 6,8%, passando de 129,6 pontos em abril para 138,4 pontos me maio.

De acordo com a FecomercioSP, o ICC voltou a subir em maio motivado pela melhora das expectativas do consumidor. Entretanto, a Entidade afirma que é preciso aguardar os resultados dos próximos meses para verificar se a tendência de elevação terá continuidade ou se haverá acomodação nesse patamar, destacando que no período pré-eleitoral é comum essa volatilidade nos indicadores de confiança.

Metodologia
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados junto a cerca de 2,1 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.

Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.

A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.

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