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Imprensa

Confiança do consumidor paulistano volta a subir em fevereiro e atinge maior pontuação desde novembro de 2014

Segundo FecomercioSP, o Índice de Confiança do Consumidor alcançou 113,8 pontos no segundo mês de 2017, alta de 11,3% na comparação com janeiro

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São Paulo, 08 de março de 2017 - O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do município de São Paulo registrou alta de 11,3% ao passar de 102,2 pontos em janeiro para 113,8 pontos em fevereiro - maior pontuação registrada desde novembro de 2014, quando o ICC estava em 116,0 pontos. Na comparação com fevereiro de 2016, houve crescimento de 19,5%. A pesquisa é realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e a escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total).

Os dois quesitos que compõem o indicador registraram variações positivas na comparação com janeiro. O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) avançou 9,3% ao passar de 68,2 em janeiro para 74,6 pontos em fevereiro - maior patamar desde maio de 2015. Em relação ao ano passado, o indicador apresentou alta de 12,1%. Já o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), o outro componente do ICC, registrou alta de 12% ao passar de 125 em janeiro para 140 pontos em fevereiro e, no comparativo anual, a alta foi de 22,4%.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, as avaliações dos consumidores com o momento atual melhoraram bastante, assim como as expectativas para os meses seguintes. Evidências dos últimos anos apontam que uma melhora da confiança no mês em que os consumidores recebem o reajuste do salário mínimo é quase inevitável. Além disso, a Entidade aponta que a queda da inflação em janeiro mostra o quanto o índice é sensível a essa variável e isso gera, naturalmente, um maior otimismo também quanto ao futuro.

Em uma análise mais ampla, apesar do avanço do indicador na passagem de janeiro para fevereiro, a atual magnitude do ICC, segundo a Federação, demonstra o sentimento de baixo otimismo que o consumidor ainda se encontra mediante a atual situação socioeconômica do País. Apesar da desaceleração verificada nos preços dos insumos, fatores como desemprego crescente e o elevado comprometimento da renda com dívidas das famílias ainda devem manter essas oscilações entre altas e baixas do indicador.

Para a FecomercioSP, uma recuperação mais sustentável só acontecerá a partir da capacidade de reação mais consistente do lado real da economia, por meio de um avanço mais efetivo do poder de compra do consumidor.

Gênero e renda
No resultado apurado do ICEA, todos os itens avançaram na passagem de janeiro para fevereiro. Os grupos que mais influenciaram o resultado positivo do indicador foram o público masculino e aqueles consumidores com renda familiar de até 10 salários mínimos. O primeiro grupo avançou 11,1% ao passar de 74,5 em janeiro para 82,7 pontos em fevereiro e o segundo registrou alta de 11,7% passando de 64,3 em janeiro para 71,9 pontos em fevereiro.

Todos os grupos que compõem o IEC também apresentaram variações positivas. As altas mais acentuadas ficaram por conta dos consumidores com renda inferior a dez salários mínimos e aqueles consumidores com idade superior a 35 anos. O primeiro grupo registrou alta de 13,4% ao passar de 117,3 em janeiro para 133,1 pontos em fevereiro e o segundo alta de 15,2% passando de 121,2 em janeiro para 139,6 pontos em fevereiro.

Metodologia
O ICC é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.

Os resultados são segmentados por nível de renda, gênero e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.

A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central dos Estados Unidos.

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