Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Imprensa

Confiança do consumidor paulistano volta a subir em julho, após quatro quedas consecutivas

Segundo a FecomercioSP, a queda notória da inflação e o ciclo de corte na taxa básica de juros motivaram o aumento da confiança

Ajustar texto A+A-

Após quatro quedas consecutivas, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) no município de São Paulo se recuperou e avançou 4,7% em julho, ao passar de 100,1 pontos em junho para 104,8 pontos no mês atual. Na comparação com julho de 2016, quando o indicador marcou 97,7 pontos, houve crescimento de 7,3%. A pesquisa é realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e a escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total).

Os dois quesitos que integram o indicador registraram avaliações positivas na passagem de junho para julho. O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) avançou 3,8%, ao passar de 70,8 pontos em junho para 73,5 pontos em julho. Em relação ao mesmo mês de 2016, o indicador apresentou alta de 43,3%. Já o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), outro componente do ICC, registrou alta de 5,1%, passando de 119,6 para 125,6 pontos em julho. No comparativo anual, porém, o índice registrou queda de 2,3%.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, as percepções médias em relação ao momento atual avançaram, assim como as expectativas para os meses seguintes, que voltaram a subir. Analisando a trajetória do índice, com elevação de 7,3% em comparação a julho de 2016, o ICC denota uma melhora baseada principalmente pela queda abrupta da inflação.

Por outro lado, a Entidade aponta que todas as segmentações do ICEA ainda estão em patamares de pessimismo (abaixo dos 100 pontos), pois fatores como o alto nível de desemprego e a instabilidade política vigente no País não ajudaram a diminuir de forma consistente o sentimento de insegurança observado entre os consumidores, o que impede a restauração do nível de consumo das famílias e acaba também resultando nessas flutuações recentes do indicador.

Mesmo assim, a Federação acredita que a inflação sob controle juntamente com a queda dos juros ampliaram o poder de compra do consumidor. Aliado a isso, a FecomercioSP destaca também o impacto positivo da liberação dos recursos das contas inativas do FGTS, que trouxe um alívio para o orçamento familiar.

Gênero e renda

Em julho, no resultado apurado pelo ICEA, apenas o grupo masculino apresentou queda, de 5,9%, passando de 80 pontos em junho para 75,3 pontos em julho. As demais segmentações avançaram na passagem de junho para julho. Os destaques positivos ficaram por conta do grupo feminino (alta de 16,4%, ao passar de 61,7 para 71,8 pontos em julho) e dos consumidores com idade de 35 anos ou mais (crescimento de 6,6%, passando dos 60,3 pontos em junho para 64,3 pontos no mês atual).

No resultado apurado pelo IEC, todas as segmentações cresceram na passagem de junho para julho. Os grupos que mais influenciaram o resultado do indicador foram os consumidores com idade até 35 anos (alta de 7,1%, ao passar de 118,7 pontos em junho para 127,1 pontos em julho) e o grupo de consumidores com rendimentos acima de dez salários mínimos (elevação de 6,6%, ao passar de 132,9 para 141,7 pontos no mês atual).

Metodologia

O ICC é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.

Os resultados são segmentados por nível de renda, gênero e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.

A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central dos Estados Unidos.

Fechar (X)